Processo da Sevandija entra na fase final
Ministério Público e defesas têm 30 dias cada para apresentar suas alegações, antes de decisão sobre sentenças

Processo da Sevandija entra na fase final

Em 60 dias, Justiça de Ribeirão Preto terá alegações do Ministério Público e das defesas e poderá proferir a decisão

A 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto deu o prazo para que o Ministério Público e os advogados dos réus da Operação Sevandija, investigados no processo que investiga supostas irregularidades no contrato entre a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) e a empresa Atmosphera, apresentem as alegações finais, antes da decisão sobre as sentenças. O prazo maximo é de 60 dias.

O juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira publicou despacho nesta sexta-feira, 9, encerrando a instrução processual e dando início para o prazo que as defesas e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público apresentem as alegações finais.

Mesmo assim, o magistrado alegou que não implicará no encerramento de diligências deferido ou a juntada de documentos, de acordo com ele, “[...] visando resguardar a ampla defesa dos acusados”.  

Foi aberto o prazo de 30 dias para o Ministério Público se manifestar e, após isso, mais 30 dias para a manifestação das defesas dos investigados. O prazo, segundo o juiz, é “razoável, à vista da existência de réus presos”, além do grande volume de depoimentos, documentos e laudos incluídos nos autos.

Processo Coderp-Atmosphera

O processo que investiga irregularidades na contratação de empresa de prestação de serviços terceirizados entre a Coderp e a Atmosphera é um dos três que surgiram a partir da deflagração da Operação Sevandija.

Nele, são réus os nove ex-vereadores afastados no início da operação, além dos ex-secretários Marco Antonio dos Santos e Layr Luchesi, o ex-superintendente da Coderp Davi Cury, do advogado Sandro Rovani, duas ex-funcionárias da Coderp – Maria Lucia Pandolfo e Vanilza Daniel -, a namorada e o sócio do empresário Marcelo Plastino, Alexandra Ferreira e Paulo de Abreu Jr, além dos empresários Jonson Dias, Simone Cicillini e Ueslei Medeiros.

A ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera é investigada em outro processo, que apura suposto pagamento de propina para liberação de honorários advocatícios. Além desses, são investigado processos licitatórios do Daerp.

‘Reconsideração’

Já as defesas estudam pedir a reconsideração da medida tomada pelo juiz. Isso porque alegam que ainda faltam testemunhas a serem ouvidas e que requerimentos ainda precisam ser analisados.


Foto: Amanda Bueno

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