Justiça nega pedido de prisão domiciliar para a ex-prefeita Dárcy Vera
Juiz considerou que a ex-prefeita “não apresenta quadro de doença grave”

Justiça nega pedido de prisão domiciliar para a ex-prefeita Dárcy Vera

Defesa de Dárcy havia solicitado o benefício para tratamento de uma infecção urinária

A Justiça de Ribeirão Preto negou o pedido da defesa da ex-prefeita Dárcy Vera para que ela seja transferida para prisão domiciliar enquanto trata de problemas de saúde. Na semana passada, Dárcy recebeu alta médica de uma Unidade Pronto Atendimento (UPA) de Taubaté, onde ficou hospitalizada para tratamento de uma infecção urinária.

A defesa da ex-prefeita de Ribeirão Preto havia solicitado a prisão domiciliar, sob a alegação de estaria passando por sérios problemas de saúde. Por isso, ela precisaria ser tratada fora do sistema prisional, e na região de Ribeirão Preto, que é a área de cobertura de seu plano de saúde privado.

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No entanto, o juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, negou o pedido após encaminhamento de relatório de médicos da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, que apontou que Dárcy não sente mais dores, embora esteja sendo submetida a tratamento com medicamentos e tenha sido constatado cálculo renal.

O juiz considerou, na decisão, que a ex-prefeita não apresenta um quadro de doença grave “que pudesse indicar a necessidade da prisão domiciliar, como melhor terapêutica”. “Entendo que o quadro clínico apresentado pode ser monitorado e tratado dentro do sistema prisional, como vem ocorrendo, sem risco à vida da acusada”, pontua na decisão.

A defesa também havia solicitado um novo parecer dos médicos da SAP, para detalhar o quadro clínico, porém o juiz também indeferiu, afirmando que o relatório anterior, já detalhou passo a passo o tratamento aplicado.

No início de setembro, a ex-prefeita de Ribeirão Preto foi condenada, em primeira instância, a 18 anos, nove meses e 10 dias de prisão, por suposto envolvimento em esquema investigado pela Operação Sevandija, que apurou irregularidades em pagamentos de honorários advocatícios para a advogada Maria Zuely Librandi.

De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, esse aporte ocorria mediante ao pagamento de propina para agentes públicos, entre eles, a ex-prefeita.

Questionamento de Maria Zuely também foi negado

Já um embargo de declaração, protocolado pela defesa da advogada Maria Zuely Librandi, questionando a sentença de 14 anos de prisão, na mesma Operação Sevandija, também foi negado pelo juiz. Silva Ferreira declarou que não foram encontradas omissão ou contradição na condenação.


Foto: Arquivo Revide

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