Sevandija: com suspeita de câncer, Justiça nega prisão domiciliar para Maria Zuely
A defesa aponta que Maria Zuely está enfrentando problemas de saúde

Sevandija: com suspeita de câncer, Justiça nega prisão domiciliar para Maria Zuely

No entanto, foi autorizada a transferência da advogada para a realização de exames médicos

A Justiça de Ribeirão Preto negou na manhã desta quinta-feira, 23, um pedido de substituição da prisão preventiva da advogada Maria Zuely Librandi – investigada pela Operação Sevandija – para a domiciliar. A defesa da ré havia realizado o pedido em razão de problemas de saúde que ela estaria passando.

No entanto, o juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, responsável pela Sevandija, determinou que Maria Zuely seja transferida para um presídio próximo ao município, onde poderá realizar exames médicos para o diagnóstico de um possível câncer apontado pela defesa da advogada – que, inclusive, já teria passado por atendimento em que foi constatado a possibilidade.

O magistrado acatou a manifestação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, que solicitou que primeiro ocorra a transferência para a região de Ribeirão Preto e a realização dos exames médicos, mediante escolta policial, para depois definir a medida judicial mais adequada.

Todavia, o defensor de Maria Zuely, Luiz Carlos Bento, afirmou que a família e a defesa estudam a possibilidade de manter a advogada na Penitenciária Feminina de Tremembé, onde está presa desde dezembro de 2016. Desta forma, ela realizaria o procedimento para o diagnóstico conclusivo no município do Vale do Paraíba. “É mais fácil fazer isso lá, pois até trazê-la para Ribeirão Preto, demoraria muito e ela entraria para a fila do SUS, o que complicaria mais a situação”, disse o advogado

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Maria Zuely é acusada de pagar propina para agentes públicos, entre eles a ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera, para o recebimento dos honorários advocatícios da causa dos 28,35%. A defesa da advogada afirma que ela foi extorquida para realizar os pagamentos.

Junto com Dárcy Vera, o advogado Sandro Rovani e o ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto Marco Antonio dos Santos, eles são os únicos investigados na Operação Sevandija que continuam presos preventivamente.

Na última semana, o ex-secretário da Casa Civil do Governo Dárcy Vera, Layr Luchesi Jr., o ex-superintendente da Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp), Davi Cury, e o ex-vereador Walter Gomes obtiveram liminar de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para liberdade provisória.


Foto: Reprodução

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