Câmara adia votação de título de cidadão ribeirãopretano para Bolsonaro
Projeto de decreto legislativo elogia conduta de ex-presidente durante a pandemia
A votação do projeto de decreto legislativo que concede o título de cidadão ribeirãopretano ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que deveria ocorrer nessa terça-feira, 13, foi adiada.
O autor do projeto, o vereador Isaac Antunes (PL) solicitou o adiamento por duas sessões para que a votação ocorra próximo a um evento do Partido Liberal na cidade, do qual o parlamentar é o presidente municipal. Para que o projeto retorne à pauta, é necessária a anuência do presidente da Casa, o vereador Franco Ferro (PRTB)
No texto, Antunes destaca a atuação de Bolsonaro no "combate à pandêmia". Além de ressaltar o repasse protocolar de verbas federais para a Saúde municipal.
"No exercício de sua função pública como Presidente, prestou grande apoio a Ribeirão Preto; notadamente, no âmbito da Saúde, enviando recursos que foram imprescindíveis para que a cidade pudesse enfrentar os difíceis impactos trazidos pela Pandemia, proporcionando um melhor atendimento à população de nossa cidade", escreveu o parlamentar na justificativa.
"Durante seu mandato, se fez presente em algumas oportunidades, participando de importantes eventos, como a Agrishow – maior feira de tecnologia agrícola do Brasil, ouvindo as demandas e necessidades, demonstrando a atenção e consideração com a cidade e a região", acrescentou
Durante a pandemia, Bolsonaro trocou por quatro vezes o cargo de ministro da Saúde. Os casos que ganharam mais repercussão foram de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich que tiveram discordâncias quanto ao enfrentamento à pandemia. O ex-presidente não evitava aglomerações, além de minimizar os efeitos da doença.
Eduardo Pazuello assumiu a pasta em setembro de 2020 e ficou até março de 2023, quando foi exonerado. Durante sua gestão, Pazuello fez o que os seus antecessores se negaram: aassinou uma nota técnica com orientações sobre o uso da cloroquina para tratamento da Covid.
A exoneração de Pazuello ocorreu em meio a questionamentos a respeito da condução da compra de vacinas e do enfrentamento à Covid-19 em Manaus. Marcelo Queiroga assumiu a pasta apóz Pazuello e a conduziu até o final do mandato.
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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
