Chiarelli insiste em candidatura e mostra cartas de renúncia de Alexandre

Chiarelli insiste em candidatura e mostra cartas de renúncia de Alexandre

Advogado reafirma que não renunciará à disputa porque Chiarelli não poderá ser candidato, pois já passou o prazo para substituição

O ex-deputado federal Fernando Chiarelli (PTdoB) apresentou nesta quinta-feira, 22, duas cartas de renúncia de candidatura do advogado Alexandre Sousa, que está como candidato do partido em função da prisão de Chiarelli, ocorrida no dia 2 de agosto, durante a convenção do partido que escolheu o ex-deputado como candidato. Chiarelli foi preso por injúria contra a prefeita Dárcy Vera (PSD), na campanha de 2012.

Com a prisão, no entanto, Chiarelli teria orientado, como presidente da comissão provisória do partido em Ribeirão Preto, que Alexandre Sousa o substituísse na campanha. Mas Chiarelli acabou libertado no último dia 16 e decidiu que pode retomar a candidatura, substituindo a Alexandre.

Aparentemente o advogado teria aceitado renunciar e até cedeu seu próprio escritório para que Chiarelli concedesse entrevista coletiva à imprensa e anunciasse sua decisão de disputar. Logo depois da coletiva, no entanto, Alexandre negou a possibilidade de renúncia, por entender que Chiarelli não conseguirá ser registrado como candidato.

Nesta quinta-feira, o ex-deputado apresentou as cartas e disse que não pode se responsabilizar “por molecagem de ninguém”, referindo-se a Alexandre. Chegou a insinuar que o colega de partido teria sido “convencido” a não renunciar por adversários políticos dele (Chiarelli).

Estratégia

Alexandre Sousa, que defende Chiarelli em vários processos, reafirmou a disposição de não renunciar. “Não adianta eu renunciar e ele não ser candidato. Vamos perder a chance de mudar Ribeirão, porque eu vou ser o prefeito da cidade”, disse.

Ele ainda argumentou que a “briga” estimulada por Chiarelli pode ser uma estratégia para buscar o adiamento de uma audiência marcada para o dia 7 de outubro, em processo em que ele (Alexandre) é o advogado.

“Com isso (o desentendimento) ele pode pedir adiamento da audiência sob a alegação de que não confia no advogado. Se conseguir pode levar o processo à prescrição, o que deve ocorrer em novembro ou dezembro”, apontou o advogado.


Foto: Leonardo Santos

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