Em 2016, Saúde gastou mais de R$ 18 milhões com plantões e horas extras
Em 2016, Saúde gastou mais de R$ 18 milhões com plantões e horas extras

Em 2016, Saúde gastou mais de R$ 18 milhões com plantões e horas extras

Ribeirão Preto quer economizar até 13% deste valor em 2017, poupando R$ 2,6 milhões durante o ano

Em 2016, a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto gastou R$ 18,28 milhões apenas com pagamentos de plantões e horas extras para médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e outros funcionários que atuam no sistema público de saúde. A prefeitura corre para diminuir essa conta.

O montante foi equivalente a R$ 1,5 milhão mês, de acordo com dados da própria Secretaria da Saúde. Apenas com pagamentos de plantões e horas extras para médicos e enfermeiros, o valor foi de R$ 629 mil por mês, em média.

Isso fez com que o município adotasse medidas, como o corte das horas extras, para todos os setores da máquina pública, fazendo uma economia de R$ 400 mil na soma dos dois primeiros meses de 2017, com os gastos caindo para R$ 1,3 milhão por mês - uma economia de 13%. Se permanecer neste ritmo, até o fim do ano a economia pode ser de R$ 2,6 milhões.

O problema é que isso tem atrapalhado a Secretaria da Saúde na contratação de médicos e enfermeiros e nas escalas deles para os plantões, já que, de acordo com o próprio secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, esses profissionais são atraídos pelos pagamentos de horas extras - até R$ 2 mil por plantão para alguns profissionais. Essa era, inclusive, uma das reclamações da ex-prefeita Dárcy Vera.

O médico Yussif Ali Mere, que é presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo e do SindRibeirão, acredita que essa cultura de pagamentos de horas extras é em razão de uma má organização das escalas de trabalho dos profissionais da saúde, que acarretou neste gasto.

“Quando essas horas extras são cortadas para por as contas em dia, há desgaste. Mas precisa planejar a cidade para os próximos anos, não para a próxima eleição e deixar do jeito que estava”, analisa o médico.


Foto: Pedro Gomes

Compartilhar: