Entidades buscam apoio da Câmara por mais verbas

Entidades buscam apoio da Câmara por mais verbas

Três instituições que atuam em educação e atendimento social foram pedir ajuda de vereadores; concursados da GCM também protestam

Representantes de entidades que atuam no atendimento social e na educação de crianças estiveram na Câmara Municipal na noite desta quinta-feira, dia 5, para pedir apoio dos vereadores na reivindicação do aumento de verbas para seus trabalhos. Alunos e ex-alunos beneficiados por elas também estiveram nas galerias do Legislativo.

A ex-vereadora e ex-vice-prefeita Delvita Pereira Alves (PSDB), dirigente da Organização Comunitária Antônio Maria Claret – Escola de Marcenaria, que atende cerca de 120 alunos, disse que a entidade está prestes a fechar as portas, em função da falta de recursos. “No início do ano, a Prefeitura cortou cerca de 60% do repasse, reduzindo de R$ 147 mil para R$ 60 mil por ano”, disse.

Ela contou a redução de verba poderia ser superada com pedido de doações. “Mas quando foi em março, a Prefeitura cortou dois dos três educadores que atuavam na escola. É impossível atender os alunos com apenas um professor. Se nada mudar, em 2016 não vamos mais atender”, afirmou.

Na mesma situação está a Ong Sonho Real. Sem mudanças, o atendimento também vai parar. É o que garante Cláudia Letícia de Paula Wolf, presidente da entidade, que vem tentando aumentar o repasse em negociações com a Prefeitura.

“O Fundeb paga R$ 320 por criança matriculada. Nossos alunos são cadastrados no Fundeb, mas a Prefeitura só repassa R$ 159 per capita”, comentou. De acordo com a dirigente, a Sonho Real já deixou de atender 75 alunos e hoje atende 60 crianças no contraturno escolar, mas tudo pode acabar no ano que vem.

Outro que esteve em busca do apoio dos vereadores foi Laércio Galvan, presidente da Sociedade Beneficente de Ribeirão Preto (Soberbe), que fechou o Clubinho, responsável pelo atendimento de dez crianças que necessitam de atendimento especial, psicológico e educacional, reduziu as vagas da creche Vida Nova de 120 para 90 crianças, do contraturno escolar de 90 para 65 vagas e pode reduzir ainda mais.

“Estão asfixiando as Ongs e matando a possibilidade de exercício da solidariedade. É uma situação extremamente decepcionante e que provoca um retrocesso de dez anos, com igual prazo para a recuperação”, apontou Galvan. Ele afirmou que não sofreu corte de repasses, mas que a verba está há mais de quatro anos sem qualquer correção.

Guarda

Outro protesto reuniu cerca de 20 pessoas que prestaram concurso para a Guarda Civil Municipal (GCM). Os aprovados pediram a ajuda dos vereadores para pedir que a Prefeitura os contrate para ampliar o contingente da Guarda. O concurso ocorreu há dois anos e não teve seu vencimento prorrogado.

Durante a sessão os manifestantes gritaram palavras de ordem e vários vereadores defenderam a contratação, principalmente em função de furtos e roubos que têm acontecido em unidades da Prefeitura.

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Fotos: Viviane Mendes/Câmara Municipal

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