Servidores municipais reivindicarão reajuste de 20%
Índice é soma da inflação do período e o crescimento; em 2015, greve por reajuste durou nove dias
Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 25, os servidores municipais de Ribeirão Preto aprovaram o índice de reajuste salarial de 20,11%, sendo 11,31% de reposição da inflação, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e 8,80% referente ao crescimento nominal da receita do município.
Além do índice de reajuste salarial, os trabalhadores aprovaram o mesmo percentual (20,11%) de aumento para o vale-alimentação e para o vale nutricional dos aposentados.
Os servidores presentes à assembleia também aprovaram a pauta completa com mais de 70 itens da administração direta e indireta, com questões que tratam desde melhorias no locais de trabalho a pagamentos de gratificações.
A pauta será entregue ao governo municipal na segunda-feira, dia 29 de fevereiro. A data-base dos servidores municipais é março, quando ocorrem as negociações com o governo.
"O que foi aprovado pelos trabalhadores corresponde à realidade de Ribeirão Preto. Estamos cobrando o índice inflacionário mais o crescimento nominal do município. Agora, se o governo disser que não tem dinheiro para garantir o reajuste do servidores, ele terá que explicar onde está o dinheiro da cidade”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues.
Segundo o sindicalista, Ribeirão triplicou seu orçamento nos últimos anos e está na hora de valorizar as categorias que fazem o município funcionar. “Os trabalhadores estão muito conscientes da realidade de Ribeirão e vamos cobrar o que corresponde à parcela dos servidores", comentou.
Greve de nove dias
No ano passado, quando os servidores municipais reivindicavam reajuste de 13,11%, foi necessária uma greve de nove dias para conseguir convencer a Administração Municipal a conceder a correção da inflação do período. Ao final da paralisação, no dia 1º de abril, os servidores aceitaram reajuste de 6,23%, INPC do período.
Durante os nove dias de paralisação foram vários os protestos realizados pelos funcionários públicos em vários locais da administração direta e indireta. Também foram várias as reuniões de negociações. Inicialmente o governo ofereceu reajuste de 3,23%, retirou a proposta e, depois, chegou aos 6,23%.
Foto: Divulgação/Sindicato dos Servidores
