Vereadores adiam tramitação de CPI sobre obras no entorno da catedral

Vereadores adiam tramitação de CPI sobre obras no entorno da catedral

A votação que pode permitir a tramitação foi adiada por cinco sessões, a pedido do líder do governo na Câmara, Genivaldo Gomes; Padre promete levar luta até o fim

Os vereadores de Ribeirão Preto adiaram, na sessão desta terça-feira, 5, a votação, por cinco sessões, de um requerimento do vereador Rodrigo Simões (PDT) que permitiria a tramitação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “apurar os motivos da insistência da prefeitura municipal em realizar obras que prejudicam o patrimônio histórico”.

LEIA MAIS
Laudo comprova que fluxo de ônibus causa rachaduras na Catedral

Na verdade a Comissão seria para tentar, de novo, impedir a construção de terminais de embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo urbano nas proximidades da Catedral Metropolitana.

Cerca de 150 pessoas, entre elas o padre Francisco Zanardo Moussa, titular da igreja, se manifestaram nas galerias da Câmara pela aprovação do requerimento. Nem a manifestação levou à ao apoio da maioria dos vereadores, mesmo após muitas discussões e uma reunião que chegou a ter a presença do padre.

O pedido precisa de aprovação do plenário porque o Regimento Interno da Casa prevê a tramitação de apenas cinco CPIs simultaneamente, e a Câmara já tem seis, uma delas aprovada pelo plenário. A Comissão já está criada, mas precisa de autorização para tramitar.

O requerimento estava na pauta para votação, mas o líder do governo na Câmara, Genivaldo Gomes (PSD) pediu o adiamento da análise por cinco sessões. Rodrigo Simões não concordou e pediu que o adiamento fosse votado no painel eletrônico. O requerimento recebeu nove votos favoráveis, mas precisava de 12.

Os vereadores chegaram a se reunir com o padre, em uma sala que serve de refeitório a eles. Na volta, o Francisco Moussa disse que os vereadores pediram para ele “voltar atrás” no pedido de CPI.

“Como eu honro aquilo que visto, vou levar até o fim. Não vamos voltar atrás. Vamos até o final com isso, porque a Câmara é responsável por cuidar do nosso patrimônio, não só da catedral”, comentou o padre.


Foto: Guto Silveira

Compartilhar: