Vereadores querem explicações sobre fechamento de escolas

Vereadores querem explicações sobre fechamento de escolas

Em ofício vereadores convidam dirigente regional de Ensino para explicar possível encerramento de atividades de quatro escolas

Um ofício assinado por 20 dos 22 vereado5res de Ribeirão Preto convida a dirigente regional de Ensino, Simone Maria Locca, a ir à Câmara, na próxima terça-feira, dia 6, para explicar o possível fechamento das escolas José Lima Pedreira de Freitas, Jardim Paiva 1, João Augusto de Mello, Geraldo Corrêa de Carvalho. A dirigente não é obrigada a ir, por foi feito apenas o convite.

A iniciativa do ofício foi do vereador Genivaldo Gomes (PSD) que colheu a assinatura dos demais colegas. Ele disse ter sugerido a presença da dirigente na terça-feira, 6, porque na quinta-feira, 8, deve ser tomada a decisão sobre o fechamento das escolas.

Não assinaram apenas o presidente da Casa, Walter Gomes (PR), e o vereador Waldyr Villela (PSD), ausentes da sessão desta quinta-feira, dia 1º.

A maioria dos vereadores também discursou contra a medida e Fábio Sardinha, diretor da Apeoesp – sindicato dos professores – usou a tribuna para pedir apoio dos vereadores. Segundo ele o fechamento das escolas está previsto no plano de educação e que em algumas cidades várias unidades já foram fechadas.

Em Ribeirão Preto ainda não houve um anúncio oficial, mas a Apeoesp denunciou o possível fechamento e a Secretaria de Estado da Educação informa sobre uma possível readequação do espaço físico, com o remanejamento de alunos e professores para unidades próximas às fechadas.

Durante a quinta-feira, dia 1º, ocorreram protestos de professores, pais e alunos, nas escolas e em frente à Direção Regional de Ensino, na avenida 9 de Julho. Novos protestos devem ser realizados, contra o fechamento das unidades.

Embate partidário

A notícia do possível fechamento das escolas levou a maioria dos vereadores a discursar e a atacar o PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin. Eles também cobraram a ação dos deputados estaduais com base eleitoral na cidade. Léo Oliveira (PMDB), Rafael Silva (PDT) e Welson Gasparini (PSDB) foram chamados a agir em nome da manutenção das escolas.

Ricardo Silva (PDT), filho do deputado estadual Rafael Silva disse que o parlamentar já está se movimentando para obter explicações sobre a medida. E disse que o governo no Estado “mais uma vez ataca pelas costas”. E apontou que o ensino estadual já é deficiente.

Maurício Gasparini (PSDB), também filho de deputado – Welson Gasparini – disse que a bancada tucana na Câmara não deixará que as escolas fechem. E que seu pai já estava chegando à cidade para participar de várias reuniões e cobrar a desistência do governo estadual em aplicar a medida.

O tucano vereador Bertinho Scandiuzzi foi o mais veemente em defender o governo paulista, sem declarar apoio ao fechamento das unidades escolares. Mas atacou o governo federal, “apoiado pela Dárcy Vera”.

“No governo do PSDB não teve ladrão, não teve Petrobrás (se referindo ao petróleo). Não podemos comparar o governo do PT com o do PSDB”, discursou em tom irritado. De sua mesa no plenário, o petista Beto Cangussú rebateu dizendo que no PSDB há ladrões sim, “mas estão todos soltos”.

Revide Online
Guto Silveira
Fotos: Viviane Mendes

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