Golpes pela internet cresceram durante a pandemia; saiba como se proteger

Golpes pela internet cresceram durante a pandemia; saiba como se proteger

Advogado revela como bandidos agem em golpes por Whatsapp e em outras plataformas

Golpes pela internet cresceram durante a pandemia; saiba como se proteger

A mudança de rotina acarretada pela pandemia do novo coronavírus mudou a forma como as pessoas interagem no universo digital. Além do trabalho remoto, a venda de produtos e serviços pela internet disparou. Esse aumento no fluxo de dados e dinheiro pela internet atraiu a atenção de golpistas. 

Para entender melhor o tema e quais medidas as vítimas devem tomar, a reportagem do Portal Revide conversou com o advogado Leonardo Busnardo, especialista em Direito Processual Penal e coordenador responsável pela área Direito Penal e Empresarial do escritório Laure, Volpon e Defina Sociedade de Advogados.

De acordo com o especialista, os golpes mais comuns aplicados atualmente utilizam plataformas de e-mail e o Whatsapp. Um delito comum é o do "whatsapp clonado". Nesse caso, o bandido induz a vítima, por meio de uma promoção ou prêmio falsos, a fornecer um código de seis dígitos supostamente necessário para a confirmação da benesse.

Contudo, o código é utilizado para a ativação do  “Whatsapp web” que permite ao golpista acessar as conversas da vítima remotamente, possibilitando que dispare mensagens aos amigos e familiares da vítima solicitando dinheiro sob vários pretextos.

"Infelizmente, é preciso desconfiar sempre e confirmar o máximo de informações, sempre que possível antes de qualquer transação, evitando clicar em qualquer link/arquivo suspeito. E, qualquer dúvida, não hesite em questionar o suposto remetente", alertou o advogado.

Outra situação comum é a adulteração de boletos bancários. As formas pelas quais os golpistas adulteram e fazem chegar o documento falsificado à vítima são diversas, vão desde o envio de boletos falsos de serviços de telefonia, imobiliária entre outros; até à implantação de vírus no computador da vítima que altera os dados do boleto na hora do pagamento. 

Para reduzir as chances de cair nesses golpes, Busnardo listou cinco dicas essenciais:

1 – Evite se conectar a redes Wi-Fi desconhecidas ou públicas e, caso se conecte, não utilize aplicativos bancários e/ou de pagamentos;

2 – Confira todas as informações expostas no boleto a ser pago para verificar possíveis inconsistências (valor, formatação, ortografia, dados), inclusive do próprio e-mail remetente do boleto, assim como se era comum tal cobrança por este e-mail;

3 – Ao utilizar o código de barras, verifique se o número digitável indicado no boleto coincide com a numeração apresentada na ordem de pagamento;

4 – Confira os dados indicados no boleto e o beneficiário final do pagamento indicado na ordem de pagamento a ser enviada.

5 – Mantenha seus aparelhos eletrônicos com antivírus sempre atualizados.

"Além disso, fica a sugestão de ativar a verificação em duas etapas do WhatsApp que ajuda a prevenir tais situações. Não obstante, recomenda-se às pessoas para que redobrem a atenção ao realizar qualquer pagamento via boleto bancário, evitando-se ao máximo efetuar qualquer transação com pressa para reduzir as chances de cair em golpes", acrescentou Busnardo.

Fui vítima, e agora?

Após constatar que foi vítima de um golpe virtual, a pessoa deve  acionar o responsável pela conta bancária para que tente cancelar a operação financeira.

Na sequência, ela deve registrar um boletim de ocorrência para comunicar os fatos às autoridades, contribuindo com a formação das estatísticas policiais que possibilitará o aprimoramento nas políticas de segurança em geral. "Porém, não havendo sucesso no bloqueio da transferência, restará acionar o poder judiciário para reaver a quantia", explicou o advogado. 

Penas mais duras 

Em maio deste ano, foi promulgada pelo governo federal a Lei nº 14.155 que aumenta as penas para os crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos de forma eletrônica ou pela internet. Crimes dessa espécie agora podem render penas de 4 a 8 anos de reclusão.

Segundo Busnardo, o endurecimento de tais penas tem como objetivo coibir esse tipo de crime, tendo em vista que impedem a concessão de benefícios aos golpistas como: transação penal, suspensão condicional do processo, acordo de não persecução penal, etc 

"Assim como abre a possibilidade de prisões em flagrantes, interceptações telefônicas e o endurecimento do regime inicial de cumprimento de pena, no caso de condenação", pontuou.

O escritório 

O escritório da Laure, Volpon e Defina possui um departamento especializado em Direito Penal com atuação ativa em operações policiais com significativo êxito na coibição de crimes virtuais. "Sendo certo que a equipe atua conjuntamente com os demais profissionais que atuam nas demandas cíveis, trabalhando harmonicamente para abranger todas as vertentes necessárias a fim de resguardar os direitos das vítimas" concluiu Leonardo Busnardo.

Laure, Volpon e Defina Sociedade de Advogados em Ribeirão Preto

Endereço: Avenida Costábile Romano, 957. Ribeirânia
Telefone: (16) 2111-5400
 


Foto: Divulgação

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