Musicalidade teen
Bem cedo, notas e partituras passam a fazer parte do cotidiano de muitos adolescentes que compartilham a paixão pela música
Texto: Mariana Secaf
Fotos: Beto Baptista
A música sempre fez parte da civilização humana. Há registros de manifestações musicais próprias em todos os momentos da história. Essa forma linguagem que se utiliza da voz, de instrumentos musicais e de outros artifícios tem um grande poder de sensibilizar: o som acalma, emociona, distrai e contagia.
As partituras e os instrumentos musicais são grandes parceiros Rafaela Maurin Benedicto, de 14 anos. Desde os quatro, a adolescente se dedica à música. A relação com esse mundo sempre foi incentivada por seus pais. “Fui me apaixonando pela música e, hoje, considero esse momento de estudo uma hora só minha, de muita dedicação e amor”, explica a estudante.
Reconhecendo a importância da música para os jovens, a diretora Babet Nassif Chodraui, junto com uma equipe de profissionais, incentiva a educação musical no Colégio Metodista. “Valorizamos a formação integral do aluno. As aulas de música proporcionam a sensibilidade, a cultura e a dedicação”, explica a diretora. O aluno Hagne Ciocchi, de 11 anos, adora a disciplina e, inclusive, fez uma nova turma de amigos das aulas de música.
Para muitas culturas, a música é uma forma de representação da vida. Além disso, a arte expandiu-se ao longo dos anos e, atualmente, é utilizada de diversas formas, não só como arte, mas também como ferramenta educacional e terapêutica. “Quando escutava apresentações dos mais variados gêneros, ficava encantado. A curiosidade me levou a aprender mais sobre os instrumentos e as notas musicais”, diz João Ricardo Richeter de Melo, de 10 anos, que toca violoncelo. Acompanhada de seu clarinete, a colega Tharine Lucca, de 17 anos, divide espaço com ele nas apresentações.
A professora de música Luciane Coelho Pereira acredita que a dedicação à música faz com que os jovens mergulhem na cultura brasileira e mundial. “Cantarolando, adolescentes resgatam as músicas que fazem parte do acervo da nossa riquíssima Música Popular Brasileira, por exemplo”, enumera a professora. A aluna Alexia Marques Silva, de 16 anos, concorda e assume que não se interessava muito pela área. “Comecei a frequentar aulas e passei a gostar bastante. Tocar violão é relaxante e anima qualquer lugar em que estou”, declara a dedicada musicista.
Presente em diversas atividades coletivas, como rituais religiosos, festas e eventos, a música proporciona a integração e a coletividade. Mas também é uma oportunidade para um momento a sós. “Gosto do que eu faço e quando toco piano, sinto que tenho um momento de completa dedicação”, declara Júlia Toledo Falconi, de 16 anos.
