Amor pelo trabalho
Dr. Cid realizou o sonho de estudar Direito e sua consolidação na advocacia encheu o pai de orgulho

Amor pelo trabalho

O advogado Cid Antonio Velludo Salvador detalha a relação de admiração que sempre teve pelo seu pai, o banqueiro Alamiro Velludo Salvador

A relação do advogado Cid Antonio Velludo Salvador com seu pai sempre foi de muita admiração. Ele revela que o banqueiro Alamiro Velludo Salvador foi um menino pobre, filho de pai paralítico desde os cinco anos, e conseguiu tornar-se dono de um banco, tudo fruto de seu trabalho. “O que aprendi com meu pai foi o amor pelo trabalho. Mas a dedicação dele não era pelo dinheiro. Ele dizia o seguinte: ‘A maior recompensa pelo trabalho não é o que a pessoa ganha, é o que ela se torna através dele’”, recorda. O advogado conta que nasceu em Mococa e a família mudou-se para Lins quando ele estava com poucos dias de vida. “Moramos em uma casa modesta, meu pai era subcontador de um banco. Ficamos na cidade até meus quatro anos, quando ele pediu demissão do Banco de São Paulo. Foi trabalhar no Banco Arthur Scatena e veio ser gerente em Ribeirão Preto. Na época, fomos morar em uma casinha alugada na Avenida Saudade”, lembra-se. Dr. Cid continua que, em 1955, quando estava com 13 anos, seu pai saiu do emprego com o intuito de montar o próprio banco, mas não tinha dinheiro. “Ele sabia tudo de banco, mas não tinha o capital. Então, procurou, na época, duas pessoas abastadas da cidade e que eram seus amigos: Dr. Luis Junqueira Lobato e Joaquim Vitor Junqueira Arantes. Com o dinheiro deles e a sua capacidade, montou o Banco Agrícola da Alta Mogiana, que chegou a ter cerca de oito agências”, detalha.

 

Dr. Cid com seu pai, Alamiro Velludo Salvador, com quem aprendeu valiosas lições de vida e de paternidade

 

 

Formado no curso de técnico em Contabilidade no Moura Lacerda na juventude, Dr. Cid começou a trabalhar no banco de seu pai, sendo gerente da agência de Cravinhos aos 19 anos e diretor adjunto aos 25 anos. Até que foi realizar o sonho de tornar-se advogado e fez Direito na Unaerp. Com uma carreira de muito sucesso, chegou a ser presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Ribeirão Preto, e por 12 anos, foi conselheiro da OAB do estado de São Paulo, eleito pelos votos da advocacia em três pleitos sucessivos. Outro destaque na vida de seu pai é que ele se aposentou com mais de 60 anos, saindo de São Paulo, onde era diretor no Bradesco, e veio ser presidente da Beneficência Portuguesa em Ribeirão Preto, trabalho unicamente humanitário. “Ele colocou as contas do hospital em ordem com a ajuda do Amador Aguiar, do Bradesco, de quem era amigo desde a cidade de Lins. Por 10 anos, meu pai esteve neste cargo e mudou a trajetória do hospital”, comenta. A consolidação do Dr. Cid na advocacia encheu seu pai de orgulho. Além disso, com o banqueiro, ele aprendeu valiosas lições da paternidade. “Lógico que tenho um gênio diferente do meu pai, sou mais preocupado com meu filho, pois ele voou alto demais”, finaliza. A admiração do advogado por seu pai é tanta que ele fez uma homenagem: colocou em seu filho o mesmo nome, Alamiro, e acertou em cheio. 

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