Retomada sucroenergética

Retomada sucroenergética

Reaquecida, indústria sucroalcooleira de base volta a investir para oferecer melhores produtos, serviços e manutenção, como aponta Adézio Marques

Vivendo um processo de transição, o setor sucroenergético assiste a fusões e à chegada de novos investidores, muitos deles estrangeiros. Para o diretor-presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (Ceise Br) e diretor titular da Diretoria Regional do Ciesp, ambos em Sertãozinho, Adézio José Marques, a experiência adquirida na transformação da cana em açúcar, etanol e bioeletricidade deixa o setor em vantagem.

Sertanezino, é graduado em Administração de Empresas, empresário e membro do Conselho de Orientação Técnica em Relações Industriais (COTRI) da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), e diretor-presidente da Cooperativa de Crédito dos Empresários Industriais e Comerciais da Alta Mogiana (Sicredi). Para Adézio, o Brasil é hoje vitrine mundial dos biocombustíveis. As indústrias ligadas ao Ceise Br, segundo ele, investiram e desenvolveram tecnologia agrícola e industrial de excelência.

Como o Ceise Br está estruturado?
Criado em 1980, representamos cerca de quatro mil indústrias de máquinas, equipamentos, bens de capital, insumos, serviços e tecnologia da cadeia produtiva sucroenergética, que emprega mais de dois milhões de trabalhadores. O setor é formado por aproximadamente 450 usinas, 60 mil fornecedores de cana, em sua maioria representados pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana) e agora pelo Ceise Br, que representa as indústrias de base do setor em todo o Brasil. Agora estamos criando um sindicato para que as indústrias de Sertãozinho e região possam ser legalmente representadas.

A chegada de capital estrangeiro foi positiva para o setor?
Sem dúvida. Primeiro, porque mostra a confiança desses investidores no mercado e no Brasil. Depois, trazem métodos de gestão diferentes do que os praticados até então pelas usinas.

O crédito está mais acessível?
Teoricamente sim. Hoje, os bancos e as cooperativas oferecem mais crédito e há um grande número de investidores estrangeiros procurando negócios seguros junto às usinas.

Quais os equipamentos mais procurados?
Equipamentos industriais do tipo planetários, turbinas, caldeiras, moendas, entre outros. A tendência é que os investidores procurem os consórcios que possam atender aos pedidos pelo processo “chave na mão”, onde o cliente compra também os serviços de manutenção.

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