Quatro casos suspeitos de febre maculosa em Ribeirão Preto foram negativos
Doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela
A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto, informa que Ribeirão Preto notificou, em 2023, quatro casos suspeitos de febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato-estrela, e todos foram negativos e descartados.
A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde atua na Vigilância e Controle da Febre Maculosa de acordo com as normas e diretrizes da Superintendência de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Rotineiramente, atende notificações oriundas de demanda espontânea da população de áreas com presença de carrapatos. Nestas áreas são realizadas visitas para identificação do carrapato, avaliação do nível de infestação e orientações à população de medidas preventivas que devem ser adotadas.
Áreas mais propícias
A infestação de carrapatos está associada a áreas verdes, próximas a córregos, com presença de animais silvestres, sobretudo capivaras, que são as principais hospedeiras dos carrapatos. Portanto, toda área que apresente essas características é passível de encontro de carrapatos.
Nessas áreas, o controle de carrapatos é realizado por meio da poda periódica das árvores e da grama bem rente ao solo, a fim de permitir a incidência de raios solares e consequente eliminação dos carrapatos por dessecação.
Além disso, é importante manter o local limpo, sem acúmulo de folhas e de outros resíduos, e evitar a circulação de animais silvestres e domésticos. O controle químico não é indicado porque os carrapatos ficam embaixo das folhas e não são atingidos pelo produto químico, além dos possíveis danos ambientais causados por essa ação.
Como evitar infecção
Para evitar os possíveis riscos de infecção de Febre Maculosa sugerimos que as seguintes medidas sejam adotadas nos locais de encontro de carrapatos:
Manter vigilância constante sobre os animais domésticos (cães e gatos) que possam estar transportando os carrapatos;
Aplicar rotineiramente carrapaticidas nos animais domésticos;
Manter a grama sempre aparada, permitindo a insolação da área e consequente dessecação dos carrapatos;
Sinalizar as áreas de infestação por meio de placas de advertência;
Quando for necessário caminhar por áreas infestadas, vistoriar o corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato menor será o risco de contrair a doença;
Utilizar barreiras físicas: Uso de roupas claras para facilitar a visualização dos carrapatos, com mangas compridas, calças compridas, inserindo a parte inferior por dentro das botas, preferencialmente de cano longo e vedadas com fita adesiva de dupla face;
Caso sejam encontrados no corpo, retirar os carrapatos com auxílio de uma pinça;
Não esmagar os carrapatos com as unhas, pois pode ocorrer a liberação de bactérias que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele. Retirá-lo com calma, torcendo-o levemente;
Caso apresente alguns dos sintomas da Febre Maculosa, procurar uma Unidade de Saúde e informar que frequentou área com infestação de carrapatos.
Parque Olhos D’Água permanece fechado
O Olhos D´Água foi fechado pela questão sanitária de infestação de carrapatos do gênero "Amblyomma", em razão de um grupo de capivaras que habita no local, situação que tem sido monitorada pela Secretaria Municipal da Saúde.
A prefeitura municipal tem feito ações em conjunto com os administradores do parque, fazendo tratativas junto aos órgãos estaduais competentes para solucionar a questão.
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