Dia Mundial Sem Tabaco, contra o impacto ambiental da produção de cigarros

Dia Mundial Sem Tabaco, contra o impacto ambiental da produção de cigarros

Organização Mundial da Saúde alerta para os riscos do tabagismo ao ser humano e também ao meio ambiente

O consumo de cigarro é considerado um dos piores vícios e a principal causa de mortes evitáveis no mundo, sendo diretamente responsável por inúmeras doenças que atingem milhões de pessoas. E o ser humano não é o único afetado pelo tabagismo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) promove neste ano o tema “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento”, no Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado nesta quarta-feira, 31. O foco da campanha é apontar a ameaça que a produção de cigarros tem para o desenvolvimento dos países, os riscos à saúde e os efeitos que a indústria do tabaco possui no meio ambiente, principalmente por meio do uso da lenha para aquecer estufas com folhas de tabaco, que leva ao desmatamento e a uma degradação ambiental em grande escala.

Segundo a própria OMS, o consumo do tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas por ano e custa mais de 1 trilhão de dólares aos governos, em despesas com saúde e de perda de produtividade. Além disso, cerca de 10 bilhões de cigarros vendidos diariamente no mundo são descartados no meio ambiente, sendo o lixo mais numeroso do planeta.

Risco à saúde humana

No Brasil, o hábito de fumar é apontado como responsável por 30% dos casos fatais de câncer, doença que fica atrás apenas dos problemas cardiovasculares, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). E não é só o câncer de pulmão que o cigarro provoca: boca, laringe, esôfago, pâncreas, fígado, rim e estômago também estão entre os demais órgãos que podem desenvolver a doença por conta do tabaco.

Outros dados da OMS revelam que, no mundo, o tabagismo provoca 63% dos óbitos relacionados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como doenças pulmonares, cardiovasculares e cerebrovasculares.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto, 60,4% dos óbitos de pessoas com menos de 70 anos em 2015 foram em decorrência das DCNT, sendo pulmão e esôfago os locais mais frequentes das doenças. O consumo excessivo do álcool, dietas inadequadas e sedentarismo também podem ser causas das DCNT, porém o tabagismo é o único dos fatores que se relaciona com as doenças respiratórias crônicas, aumentando o impacto e o alcance desse conjunto de doenças.


Foto: Arquivo Revide

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