Europa cria grupo para estudar vacina contra o Zika vírus

Europa cria grupo para estudar vacina contra o Zika vírus

Organização Mundial da Saúde informa que atualmente pelo menos 12 grupos pesquisam vacinas; todas em estágio inicial de desenvolvimento

A Agência Europeia de Medicamentos anunciou nesta segunda-feira, 8, a criação de um grupo de peritos sobre o vírus Zika para acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a doença, que está na origem de uma epidemia na América Latina. “Não existe atualmente qualquer vacina ou tratamento capaz de proteger ou tratar a infeção pelo vírus, seja aprovado [pelas autoridades sanitárias] ou em fase de ensaios clínicos”, informou a agência europeia em comunicado.

O objetivo do grupo é permitir a pesquisa de medicamentos contra o vírus Zika, por meio de pareceres sobre as questões científicas e regulamentares. A agência vai contatar as sociedades farmacêuticas que já começaram a trabalhar em tratamentos ou vacinas e rever todos os novos dados sobre o vírus para permitir uma reação rápida à crise de saúde pública.

A decisão ocorre depois que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou, na última semana, a epidemia de “emergência de saúde pública de alcance mundial”. Transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, as autoridades sanitárias suspeitam que o Zika seja a causa de numerosos casos de deformações congênitas em bebês cujas mães foram contaminadas durante a gravidez.

A OMS informou também que atualmente pelo menos 12 grupos pesquisam vacinas – todas em estágio inicial de desenvolvimento. A disponibilização das doses devidamente registradas, de acordo com a entidade, pode levar ainda alguns anos.

“O diagnóstico, hoje, é uma urgência prioritária para que se possa ter certeza da presença do vírus Zika e não de doenças similares e também provocadas por outros flavivírus transmitidos por mosquitos. Poucos testes diagnósticos estão disponíveis atualmente”, ressaltou a OMS nesta segunda-feira, 8.

O Brasil é atualmente o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhão de infectados, seguindo-se a Colômbia, com 22.600 casos.

Foto: Carla Ornelas | Fotos Públicas

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