Novembro Azul: Homens também podem ter câncer de mama
Doença tem em torno de 1% de surgimento nos homens; outras patologias são as mamas aumentadas
Novembro é conhecido como o mês azul, de combate ao câncer de próstata. Entretanto, os homens também devem estar atentos às suas mamas que podem, como as mulheres, desenvolver o câncer.
A porcentagem é de cerca de 1% de surgimento nos homens e representa 0,1% dos cânceres masculinos.
“Quando a gente fala de mama é normal remeter-se às mamas femininas porque são um símbolo da mulher. Mas os homens também têm mamas e podem ter a doença. É importante a atenção para qualquer sinal de protuberância ou mudança de aparência no local”, alerta o mastologista Gustavo Zucca.
Outras patologias
As mamas dos homens podem ter outras patologias, sendo a mais comum a chamada ginecomastia, que são as mamas aumentadas devido ao excesso de glândulas mamárias. O problema atinge uma ou as duas mamas.
"Ocorre principalmente na adolescência e na senilidade por desequilíbrios hormonais. Isso pode ser desagradável principalmente para um jovem que fica com vergonha de tirar a blusa na frente dos outros, criando um problema de autoestima”, explica o médico.
Na adolescência, o fato envolve o aparecimento tardio da testosterona em relação ao hormônio estrogênio; já na velhice decorre da queda da testosterona. A ginecomastia também pode ter como causas a quimioterapia, o uso de anabolizantes, uso de antidepressivos e outros medicamentos, além do tratamento hormonal para câncer de próstata.
Diferenças
É importante o médico diferenciar entre o aumento da glândula mamária e um acúmulo de gordura, chamado lipomastia. A cirurgia para a doença é simples, com fácil recuperação que dura de uma a três semanas.
“Caso seja um nível simples de ginecomastia, remove-se apenas o acúmulo de glândula e, se for lipomastia, apenas gordura. Muitas vezes, essa remoção é feita apenas com uma cânula de lipoaspiração. Em pacientes que apresentam um nível mais sério da patologia, é necessário retirar pele, gordura e tecido mamário. Mas mesmo assim, a cirurgia não é complicada e em pouco tempo o paciente estará reestabelecido com uma vida social normal como deve ser”, conclui o mastologista.
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Foto: Arquivo Revide