Ribeirão Preto promove campanha “Todos Juntos contra o Tabaco”

Ribeirão Preto promove campanha “Todos Juntos contra o Tabaco”

Nesta sexta-feira, 31, Dia Mundial sem Tabaco, unidades de saúde promovem atividades de orientação

Nesta sexta-feira, 31, Dia Mundial sem Tabaco, as unidades de saúde de Ribeirão Preto promovem atividades para orientar e incentivar a população sobre danos causados pelo uso do tabaco.

As ações serão promovidas pelo programa de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Secretaria Municipal da Saúde, entre elas palestras, orientações e rodas de conversa com foco no tema da campanha, “Todos Juntos contra o Tabaco”. “A data é importante para alertar as pessoas sobre as doenças causadas pelo consumo e as mortes que podem ser evitadas pela interrupção do uso do tabaco”, orienta a coordenadora do programa, Rute Casas Garcia.

Dia Mundial Sem Tabaco

A campanha anual tem como objetivo aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos e mortais do uso do tabaco e da exposição ao fumo passivo e para desencorajar o uso do tabaco em qualquer pessoa.

O foco do Dia Mundial Sem Tabaco 2019 é "tabaco e saúde dos pulmões".

Menos fumantes

A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o Brasil é signatário, contribuiu para acelerar a redução do número de fumantes, que já vinha ocorrendo no país em anos anteriores.

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2017 a prevalência de fumantes era 10,1%, enquanto em 2006 atingiu 15,7%. “O Brasil é um dos países que teve queda mais significativa na prevalência de fumantes. O último dado Vigitel de 2017 -  ainda não foi lançado o de 2018 - mostra que a proporção de fumantes no Brasil era de 10% na população acima de 18 anos, o que é equivalente a 15 milhões ou 16 milhões de pessoas”, disse a médica Tânia Cavalcante, secretária executiva da Comissão Nacional para a implementação da Convenção, do Instituto Nacional do Câncer.

A convenção é um conjunto de leis, entre elas a de aumento de preços de impostos, a de restrição de vendas de cigarros a menores, de proibição de propaganda de cigarros e medidas educativas, como as campanhas de advertência sanitária nas embalagens do produto. O tratado foi ratificado pelo Congresso Nacional e promulgado pela Presidência da República em 2005.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 80% dos tabagistas começam a fumar antes dos 18 anos. Para Tânia, a iniciação de fumantes também sofreu impacto com a redução do tabagismo no Brasil. Em 2009, 24% das crianças e adolescentes experimentavam cigarros, enquanto em 2015 eram 19%. “Ainda é um número alto, embora seja muito mais baixo que em outros países”, acrescentou.

A coordenadora disse ainda que a decisão do governo de aumentar os impostos sobre o cigarro influenciou o consumo da população de renda mais baixa e das faixas mais jovens. “Aqui no Brasil se comprova o que as pesquisas do Banco Mundial já mostravam, que essa é uma das medidas mais efetivas para reduzir o tabagismo, especialmente entre os jovens, na prevenção da iniciação e nas populações com menor renda e escolaridade. A convenção agrega valores ao que já vinha sendo feito no Brasil desde meados da década de 90”, observou. (Com Agência Brasil)


Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)

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