Surto de mão-pé-boca em Guariba, na região de Ribeirão, é alerta para os pais

Surto de mão-pé-boca em Guariba, na região de Ribeirão, é alerta para os pais

As aulas do município ficarão suspensas por sete dias, a partir desta quarta-feira, 23. Foram confirmados até a noite dessa terça, 22, cerca de 90 casos

A Prefeitura de Guariba, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, anunciou que as aulas das creches do município estão suspensas por sete dias, a partir desta quarta-feira, 23, após surto da síndrome mão-pé-boca. Até essa terça-feira, 22, já havia sido confirmado 90 casos da doença entre crianças menores de cinco anos.  

A Secretária da Educação e da Saúde estão fazendo o monitoramento dos casos e a higienização nas escolas, que envolvem crianças das 8 creches do município. 

Confira a lista de escolas com as aulas suspensas: 

- Creche Prof.ª Maria Dolores Peres Garavello 

- EMEB Prof. Hamilton Perrone 

- EMEB Sargento Edgar Pontiere 

- EMEB Vereador Francisco Antônio Louzada 

- EMEB Dr. Raul Bauab (apenas etapas da Educação Infantil) 

- EMEB Padre Adelino de Carli 

- EMEB Prof.ª Lucimar Santos Cunha de Oliveira 

- EMEB Amaral Vaz Melone 

Pediatra explica  

Segundo a pediatra Kelly Infante, a doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus. Eles habitam normalmente no sistema digestivo, e podem causar estomatites, ou seja, aftas que afetam a mucosa da boca. “Doença mão-pé-boca tem como sintomas febre alta, aparecimento de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe e erupção de pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés”, explica a médica. 

O período de contato com o vírus até o aparecimento dos primeiros sintomas, pode durar de um a sete dias, e a pediatra faz um alerta aos país. “Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum. Fique atento porque nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes”. 

Na maioria dos casos, o tratamento é de modo sintomático, feito com antitérmicos e anti-inflamatórios, já que ainda não existe vacina contra a doença, segundo a pediatra. “Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta”, conclui a médica. 

Mesmo sendo mais comum em crianças menores de 5 anos, por conta do contato maior que ocorre entre elas, a doença mão-pé-boca também pode afetar adultos. 

Em caso da doença, veja as recomendações da pediatra: 

- Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água, são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles; 

- Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção; 

- Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada. 


Foto: Freepik

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