Desde o início de 2017, Ribeirão Preto já realizou 40 blitze da Lei Seca
Segundo a Polícia Militar, operações ajudaram a diminuir infrações de trânsito na cidade
Em 2018, a Lei Seca completa 10 anos de vigência no Estado de São Paulo. Neste período, Ribeirão Preto registrou mais de 3,5 mil multas aplicadas em operações do Programa Direção Segura, segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP). É bom lembrar que, desde o início de 2017, foram realizadas 40 operações do tipo em Ribeirão Preto, sendo 25 no ano passado e 15 em 2018, de acordo com a Polícia Militar.
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Alguns motoristas questionam os locais em que as blitze são realizadas e outros apontam que são feitas “armadilhas”, já que ficariam concentradas em ruas com poucas opções de retorno. Há quem diga, também, que alguns bairros são privilegiados em relação a outros.
Na última blitz realizada em Ribeirão Preto, após a divulgação do balanço pelo Detran.SP, um leitor do Portal Revide comentou:
“Ultimamente só tenho visto blitzes da Lei Seca na Zona Norte e Oeste. Pago pra ver um dia sair a notícia que teve blitzes na João Fiusa, Carlos Consoni, Presidente Vargas e Wladimir Meirelles. Ahhhhh mas eu pago pra ver...”, escreveu.
Diante do comentário, o Portal Revide questionou a Polícia Militar, que realiza essas operações em conjunto com o Detran.SP para saber quais foram os critérios utilizados para a escolha dos locais onde são realizadas as blitze. Além disso, a reportagem também fez o levantamento de 21 operações realizadas entre 2017 e 2018, para descobrir quais foram as avenidas escolhidas e de qual região da cidade cada uma faz parte. Confira:
Primeiro, vamos aos números. Apesar da contrariedade do comentário, os dados por região são equilibrados. Das 21 operações analisadas, foram realizadas oito na Zona Norte, seis na Zona Sul, três na Zona Oeste, duas na Zona Leste, e uma no Centro. Veja a lista abaixo:
Operações Direção Segura
Janeiro 2017
Avenidas Paschoal Innechi e Presidente Vargas;
Abril 2017
Avenida Castelo Branco;
Julho 2017
Avenidas Portugal e Paschoal Inecchi;
Agosto 2017
Avenidas Cavalheiro Paschoal Innechi, Portugal e Senador César Vergueiro;
Setembro 2017
Avenida Nove de Julho e Rua Amador Bueno;
Novembro 2017
Avenidas Luiz Antônio G. de Matos e Luzitana;
Dezembro 2017
Avenidas Luiz Antônio G. de Matos e Luzitana
Janeiro 2018
Avenidas Paschoal Innechi e Antonio Diederichisen
Fevereiro 2018
Avenidas Treze de Maio e Portugal com a Campos Salles
Março 2018
Avenida Castello Branco
Abril 2018
- Avenidas Costa e Silva e Portugal;
-Avenida Luiz Augusto Gomes de Matos, Avenida Milton Tapajós Roselino e Avenida Luiz Galvão Cesar;
Questionada, a Polícia Militar respondeu que os critérios para escolha de locais em que ocorrem operações vão da concentração de bares, casas de espetáculos noturnos e espaços para eventos e shows próximos às rodovias ou vias de grande circulação. Isso porque, de acordo com a corporação, o intuito é combater a prática de motoristas que peguem ao volante embriagados ou sob efeito de substâncias proibidas.
“Esclarecendo que embora, no Brasil, exista legislação rigorosa contra o consumo de bebidas alcoólicas por condutores de veículos, são frequentes as ocorrências de acidente de trânsito causadas por condutores embriagados, muitas delas resultando em mortes e lesões corporais incapacitantes”, afirma a Polícia Militar, por meio de nota. A PM aponta, ainda, que as ações de policiamento preventivo sobre os condutores de veículos, de maneira geral, tendem a apresentar resultado positivo na redução do cometimento de infrações de trânsito.
“A intenção é desenvolver operações em pontos estratégicos, visando a inibir a prática de delitos e as infrações relacionadas ao sistema viário, estabelecer procedimentos para a realização de testes e exames que verifiquem a capacidade psicomotora dos condutores de veículos, aplicar medidas de caráter educativo-preventivo, orientando os condutores de veículos sobre a legislação e perigos decorrentes do ato de dirigir veículos sob a influência de álcool e ou de substâncias psicoativas", complementa.
Foto: Ibraim Leão - arquivo Revide
