Agrishow aposta em juros baixos para alavancar negócios na feira
Expectativa da organização é de aumento entre 5% e 8% em negociações durante o evento
Esperando um crescimento nas vendas entre 5% e 8%, a 25ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) começa em Ribeirão Preto na próxima segunda-feira, 30. Em 2017, os negócios gerados na feira alcançaram R$ 2,2 bilhões e a expectativa da organização é de flexibilidade na concessão de crédito na edição deste ano.
Para alcançar o resultado, o presidente da Agrishow, Francisco Matturro, espera que os bancos diminuam as taxas de juros cobradas no crédito do agronegócio. Em evento de lançamento da feira no começo de abril, ele sinalizou que os principais bancos não cobrarão a taxa flat, que é a diferença entre o juro captado e o utilizado no empréstimo.
Essa taxa pode significar até 3% do custo do equipamento. Bradesco e Santander já indicaram que prepararão propostas mais viáveis para os produtores rurais ao longo da feira. Além disso, ele aponta que as vendas em 2018 estão propícias ao crescimento motivado pelo volume da safra colhida.
“Quem sabe podemos chegar até a uma expansão de 10%? Seria um ótimo resultado, pois estamos falando de um crescimento sobre uma base que já tinha crescido em 2017”, avalia o presidente da Agrishow.
PIB do Agro caiu
Todavia, a feira enfrenta um sinal não tão positivo. Isso porque, pesquisa do Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário de São Paulo diminuiu em 2017.
Segundo o levantamento, divulgado nesta terça-feira, 24, no último ano, o PIB do Agro Paulista atingiu R$ 267,9 bilhões. O montante é 3,8% menor do que o alcançado no ano anterior. As principais quedas foram condicionadas à diminuição de 4,6% do mercado de insumos agropecuário e 3,6% da indústria nos agroserviços.
Foto: Julio Sian/ Arquivo Revide
