Fenasucro espera movimentar R$ 3,1 bilhões em 2017
Fenasucro espera movimentar R$ 3,1 bilhões em 2017

Fenasucro espera movimentar R$ 3,1 bilhões em 2017

Representantes da feira dizem que crise política não atrapalha, mas traz incerteza aos negócios

Foi apresentada nesta terça-feira, 23, em Ribeirão Preto, a 25ª edição da Fenasucro, que acontece entre os dias 22 e 25 de agosto, em Sertãozinho. A expectativa da organização é gerar R$ 3,1 bilhões em negócios – R$ 200 milhões a mais do que em 2016 – e receber mais de 35 mil pessoas, de 43 países diferentes.

A organização da feira está otimista com a edição deste ano. Isso porque, a adesão do país ao Acordo de Clima de Paris, foi o propulsor do RenovaBio, programa do Ministério de Minas e Energia para diminuição da emissão de carbono pelo País, o que implica em investimentos na energia menos poluente, como o etanol, e a energia gerada com o bagaço da cana.

Porém, o momento político vivido pelo Brasil chamou a atenção dos integrantes do setor, que, apesar de apontarem para um ano bom para a agricultura, não apenas na área da cana-de-açúcar, acreditam que as indefinições devem ficar para trás.

O presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), Aparecido Luiz, apontou que neste ano as vendas da indústria estão melhores - alavancadas pelos bons preços do açúcar no mercado e a competitividade do etanol -, e afirmou que independente da crise política, os resultados serão animadores.

“Estávamos apostando em um norte, porque toda empresa precisa de um norte ‘onde estamos e onde queremos chegar’, e claro que essa situação com o governo federal deu uma balançada. O nosso desejo e expectativa que essa luz que acendeu não se apague, independente da turbulência na política, como o RenovaBio. Esse é um novo contexto de melhora para o produtor e para o consumidor”, afirmou Luiz.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste de São Paulo (Canaoeste), Manoel Ortolan, acredita que 2017 está sendo diferente em razão dos preços bons para os produtores de açúcar, e que já refletiu na indústria, que neste ano, já apresentou saldo positivo nas contratações, na comparação com o ano de 2016. Mesmo assim, ele cobrou políticas públicas para priorizar o etanol como combustível. Quanto à política no País, Ortolan disse que os acontecimentos geram incerteza, porém, o setor sucroenergético, como a agricultura, em geral, tem boas perspectivas para o ano.


Foto: Júlio Sian e Rafael Cautella

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