Após intervenção federal no Rio, segurança em rodovias de São Paulo será reforçada
Medida foi anunciada pelo Ministro da Justiça, Torquato Jardim, nesta quinta-feira, 22
Em reunião com secretários de Segurança Pública de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, definiu que haverá reforço policial nas rodovias dos três Estados para evitar “prováveis consequências” da intervenção militar no Rio de Janeiro.
No encontro realizado na sede da SSP do Estado de São Paulo, nesta quinta-feira, 22, ficou definido que os três estados vizinhos ao Rio de Janeiro e o Governo Federal deverão atuar para interromper o fluxo de armas e drogas. Entre as estratégias empregadas, estão o reforço do policiamento e a realização de operações nas rodovias – o principal foco é agir nas federais, como a Dutra e Fernão Dias.
Além disso, foi assinado um acordo para que a Polícia Rodoviária Militar de São Paulo possa abordar veículos em rodovias federais. Segundo o ministro, a intenção é estrangular o fluxo financeiro do tráfico de drogas e de armas. Todavia, Jardim negou a possibilidade que haja uma migração de criminosos para estados vizinhos, e por isso, as atenções ficarão voltadas para os dois principais pontos de financiamento do crime organizado.
A Polícia Rodoviária Militar, que atua no interior de São Paulo, em cidades como Ribeirão Preto, já está realizando reuniões de planejamento parar tratar do assunto, que deve ser apresentado nos próximos dias. Lembrando, que a região do município é um dos pontos mais conhecidos da rota do tráfico de drogas do interior do Brasil, renomada como a “rota caipira”.
O psicanalista e especialista em segurança Manoel Ferreira afirma que a medida é inevitável e que, também, pode combater a entrada de armas e drogas. “É importante, sempre foi importante, e sempre será importante. O maior trânsito de veículos, seres humanos, de alimentos, é via terrestre. Principalmente no tocante do transporte de diversas coisas ilegais, desde armamento, a mercadorias contrabandeadas e drogas. Mas só de pensar em intervenção militar na segurança pública, os bandidos já agiram”, comenta o especialista.
Foto: Isaac Amorim - Ascom Ministério da Justiça