Bispo que celebrou missa em homenagem a Marisa Letícia tem história em Ribeirão Preto
O Bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico Sândalo, foi ordenado padre no município e atuou em comunidades da cidade
O Bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, que celebrou a missa neste sábado, 7, em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017, recebeu a ordenação Presbiteral em Ribeirão Preto, ainda nos anos 1950. O Bispo conhece Luís Inácio Lula da Silva há quase 40 anos e aconselhou o ex-presidente a se entregar à Polícia Federal.
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Dom Angélico é reconhecido por transitar em movimentos populares desde os anos 1970, quando foi ordenado Arcebispo em São Paulo. Inclusive, o Bispo, que completou 85 anos em janeiro deste ano, celebrou uma missa em 1980, quando Lula foi preso após liderar uma greve dos metalúrgicos, em São Bernardo do Campo.
Em Ribeirão Preto, além de ter sido ordenado padre, em 1959, Dom Angélico estudou comunicação na universidade, e trabalhou em um jornal do município. No início dos anos 1960 ele atuou no jornalismo da cidade enquanto já exercia sacerdócio. O Bispo foi diretor no Seminário de Brodowski, e ocupou funções em paróquias de Ribeirão Preto.
Em 2011, ele participou de uma cerimônia de comemoração aos 25 anos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que fica no Parque Ribeirão. Segundo a Arquidiocese de Ribeirão Preto, Dom Angélico mantinha atividades na comunidade daquele local antes mesmo da criação da paróquia.
De acordo com o livro Dom Angélico Sândalo Bernardino - Bispo Profeta dos Pobres e da Justiça, de Antônio Marchioni e Waldir Aparecido de Augusto, ele realizou trabalhos sociais na periferia de Ribeirão, como nos bairros Vila Abranches, Vila Carvalho e Vila Fraternidade.
Conselho
Na missa realizada em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, o Bispo afirmou que “era a hora do velhinho dar conselhos para ele [Lula]”, em referência sobre a indecisão do ex-presidente de se entregar à Polícia Federal, após a expedição do mandado de prisão de Lula, a pedido do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro.
Moro condenou Lula no caso do tríplex no Guarujá, no qual considerou que o ex-presidente recebeu o imóvel do proprietário da Construtora OAS, Léo Pinheiro, em troca de benefícios para a empresa em contratos da Petrobras, que foram apurados na Operação Lava Jato.
Foto: Ricardo Stuckert
