Câmara irá analisar viabilidade de corredores de ônibus nas avenidas Saudade e Dom Pedro
Prefeitura abriu licitação no valor de R$ 45 milhões para implantação de corredores de ônibus

Câmara irá analisar viabilidade de corredores de ônibus nas avenidas Saudade e Dom Pedro

Lojistas temem que a mudança afete o comércio desses locais

A Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto deu início, nessa terça-feira, 25, à Comissão Especial de Estudos (CEE) que irá discutir a viabilidade da implantação dos corredores de ônibus nas avenidas Dom Pedro I e Saudade.

Em maio, a prefeitura divulgou um aviso de licitação no valor de R$ 45 milhões para a implantação dos corredores exclusivos. A empresa contratada deverá, além de implantar as faixas de ônibus, instalar nova sinalização semafórica, adaptar calçadas, rede elétrica, rede de esgoto e tubulações, entre outros ajustes.

A CEE é presidida pelo vereador Isaac Antunes (PR), e tem como membros os parlamentares Igor Oliveira (MDB) e Maurício Vila Abranches (PTB). Além de ouvir especialistas no assunto, os vereadores devem escutar, também, a população do entorno. Segundo os parlamentares, a Casa de Leis recebeu um abaixo-assinado com cerca de 1,8 mil assinaturas de pessoas preocupadas com o comércio na Avenida Dom Pedro.

A verba para os corredores de ônibus provém de um repasse federal do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC da Mobilidade Urbana. O aporte total é de R$ 310 milhões. "A Comissão vai dar voz a quem não foi ouvido. Nós devemos utilizar a verba do PAC com um projeto bem feito, e contemplar as diversas partes envolvidas no processo", afirmou Antunes.

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Desconfiança

Apesar de especialistas em mobilidade urbana serem a favor da criação de corredores de ônibus, alguns lojistas estão preocupados com a mudança. Por isso, a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) afirmou que as obras podem afetar negativamente o comércio da cidade. Segundo a Acirp, o impacto no número de vagas é o principal agravante. Por outro lado, o Executivo alega que as vagas serão remanejadas para ruas adjacentes. 

“As obras causarão um grande impacto na organização do trânsito e na maneira como as pessoas se movimentam no espaço urbano. Os negócios também serão impactados. Por isso, a Acirp está acompanhando de perto e discutindo com os empresários alternativas para que eles planejem melhor seus investimentos e identifiquem oportunidades e ameaças existentes”, afirmou Dorival Balbino, presidente da Acirp.

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Foto: Acervo Revide

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