Chega ao terceiro dia de júri do caso Joaquim

Chega ao terceiro dia de júri do caso Joaquim

Nesta quarta-feira, 18, oito testemunhas serão ouvidas

Chega ao terceiro dia de júri popular do caso Joaquim, em Ribeirão Preto. O técnico de TI, Guilherme Raymo Longo, padrasto, e a psicóloga Natália Mingone Ponte, mãe do menino, são julgados por suposto envolvimento na morte da criança. Nesta quarta-feira, 18, serão ouvidas testemunhas arroladas pelas defesas do réu.

 

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A sessão começa às 10h e oito testemunhas devem ser ouvidas: Jader da Fonseca Maciel Pinto; Gustavo Calixto Bianchini; Leandro de Paula Almeida; Lúcia Maria Marcon Raymo Passarello; Paulo Henrique Martins Castro (delegado que conduziu as investigações), Augusta Aparecida Raymo Longo (mãe de Guilherme); e os pais de Natália, Vicente de Paulo Silveira Ponte e Maria Cristina Mingoni Ponte. Os depoimentos podem ocorrer de forma presencial ou por videoconferência.

 

Primeiros dias de júri

 

Na segunda-feira, 16, foram ouvidos dois policiais civis, dois policiais militares, um médico endocrinologista que cuidava da diabetes da vítima e o pai de Joaquim, Arthur Paes Marques. Eles foram ouvidos após a definição do júri, composto por quatro mulheres e três homens.

 

Nesta terça-feira, 17, o júri durou menos de três horas e três pessoas foram ouvidas: a médica pediatra Roseli Scarpa, o pai do réu, Dimas Longo, e o irmão da ré, Alessandro Mingoni Ponte. Na ocasião, Karina Raymo Longo, irmã de Guilherme, optou por exercer o direito de não prestar depoimento por ser familiar do acusado.

 

O caso

 

Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foi morto em 2013, e teve seu corpo jogado em um córrego, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão Preto, perto da casa onde morava com o padrasto e a mãe. O cadáver foi encontrado cinco dias depois, em um rio na cidade de Barretos, no interior de São Paulo.
 

Os exames da perícia constataram a superdosagem de insulina, a criança tinha diabetes e fazia uso dos medicamentos. Na época, o padrasto e a mãe foram presos pelo crime e Longo foi acusado de ser o responsável por aplicar a dose em excesso.
 

A defesa de Natália conseguiu que ela respondesse em liberdade. Em fevereiro de 2016, Longo obteve liberdade e fugiu para a Espanha, utilizando o passaporte de um parente. Ele foi encontrado e preso em abril de 2017, em Barcelona, por agentes da Polícia Internacional (Interpol) e da Polícia Federal do Brasil.
 

Desde 2018, Longo está preso na Penitenciária Masculina de Tremembé. Ele chegou a dar um depoimento em 2016, confessando que teria estrangulado a criança, porém, voltou atrás e tem se declarado inocente desde então. O padrasto ainda sustenta que Joaquim foi levado de dentro da casa da família por algum adulto, que não era nem ele nem Natália. Ambos respondem por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil e meio cruel.


Foto: Arquivo Revide

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