Sexta-feira, 13: o que realmente assusta os ribeirãopretanos todos os dias
Para alguns moradores, problemas são tão frequentes que assustam mais que filme de terror

Sexta-feira, 13: o que realmente assusta os ribeirãopretanos todos os dias

Portal Revide listou cinco situações que deixam a população de cabelo em pé

A sexta-feira, 13, é repleta de lendas urbanas e superstições. Algumas muito assustadoras. Mas será que elas são tão assustadoras quanto a realidade de Ribeirão Preto? O Portal Revide resolveu investigar essas histórias, que mais parecem lendas urbanas, e listou cinco situações assustadoras nesta data.

1. Praças abandonadas

A Praça dos Expedicionários, na Avenida Treze de Maio, no Jardim Castelo Branco, conhecida também como "Praça do Canhão", sofre com a falta de iluminação. A única luz disponível são as da calçada do entorno da praça, mas não são suficientes para clarear a área. Em nota, a Prefeitura informou que iria solucionar o problema ainda nesta semana.  A situação atual da Praça Pedro Biagi, na Zona Norte de Ribeirão Preto, também preocupa os moradores locais pelo mato alto e falta de cuidados.

2. Bibliotecas sem recursos

Das quatro principais bibliotecas municipais e abertas ao público, em Ribeirão Preto, apenas uma está funcionando. Destas, apenas a Biblioteca Municipal “Guilherme de Almeida”, localizada na Casa da Cultura, está liberada para visitação. Justamente, a biblioteca instituída por lei. Além das públicas, as privadas também sofrem. A centenária Biblioteca Padre Euclides, está prestes a encerrar suas atividades em razão da falta de recursos. Há cerca de dois anos contando apenas com a contribuição anual de poucos associados, a situação financeira é extremamente delicada.

3. Buracos

Os buracos já são um caso antigo em Ribeirão Preto. Seja pelo asfalto que cede com as chuvas, o que também não é raro de acontecer, ou pelos buracos que demoram para serem tapados. Contudo, no início de abril, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou novos financiamentos para prefeituras por meio da Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista. Para Ribeirão Preto foram destinados R$ 7 milhões a obras de recapeamento e recuperação asfáltica.

Apesar disso, em maio de 2017, o Estado investiu R$ 17 milhões para a realização das mesmas obras em Ribeirão Preto, totalizando R$ 23 milhões em um ano. O Portal Revide questionou como a Prefeitura aplicou este montante e de que modo seria gasto o novo valor investido, já que o problema persiste. Porém, não obtivemos retorno até o fechamento desta edição. 

4. Falta de água

A falta de água em determinados horários do dia já virou rotina para alguns moradores de Ribeirão Preto. O Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) registrou 591 reclamações por falta de água nos primeiros 47 dias de 2018 - um total de 12 reclamações por falta de água por dia. Os dados a que o Portal Revide teve conhecimento por meio da Lei de Acesso à Informação compreendem reclamações do primeiro dia de janeiro até o dia 16 de fevereiro. 

De acordo com o documento, das 591 reclamações, 422 foram atendidas, estando 166 atendimentos pendentes. Segundo o superintendente do Daerp, Afonso Reis Duarte, todas as reclamações são resolvidas em 48h, mas ele não esclareceu em que ocasião as solicitações ficam pendentes.

Os três bairros com mais reclamações são o Jardim Recreio, com 46 reclamações, Jardim Itaú, com 26, e Parque Ribeirão Preto, com 14, todos na Zona Oeste da cidade, que é a campeã de reclamações, seguida pela Zona Leste. A Zona Sul tem apenas 11 reclamações, porém apenas uma pendente

Apesar disso, o Daerp informou que não existe falta de água generalizada em Ribeirão Preto. "Não existe falta d'água generalizada na cidade, o que podem ocorrer são problemas pontuais causados por queima de bombas, falta de energia e manutenção de equipamentos", declarou o departamento.

5. Cianê-Matarazzo sem destinação

Como a prefeitura também não respondeu as questões sobre como andam as negociações para a utilização da Cianê-Matarazzo, nos Campos Elíseos, o Portal Revide toma como base as últimas informações divulgadas sobre o caso. 

Em setembro de 2017, o governo municipal afirmou que não existiam recursos para a construção de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IFSP) na área onde funcionou a antiga fábrica. Por meio de nota, o secretário de Planejamento e Gestão, Edsom Ortega, declarou que a Comissão do Patrimônio Imobiliário estuda alternativas para a destinação da Cianê. “Inclusive quanto a aspectos do tombamento realizado antes do incêndio que destruiu o galpão existente, o que hoje restringe a sua destinação”, salienta o secretário.  Apesar do depoimento, nada foi definido desde então.


Foto: Amanda Bueno / Pixabay / Carlos Natal / Pedro Gomes / Gustavo Ribeiro / Elias Antônio Abrão

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