Estação da Luz precisará de mais obras antes de reabertura

Estação da Luz precisará de mais obras antes de reabertura

Havia previsão de liberação neste domingo, mas recomendação do IPT é que se façam novos reparos que podem demorar mais dois dias

Após vistoria na tarde de deste domingo, 27, técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) recomendaram a realização de novas obras na Estação da Luz. O terminal de trens, construído na região central da capital paulista, fica no mesmo prédio do Museu da Língua Portuguesa, destruído por um incêndio na última segunda-feira, 21. Técnicos do órgão estiveram no local para avaliar as condições da edificação, construída no século 19, depois dos reparos emergenciais. A previsão era a liberação já neste domingo.

A vistoria estava inicialmente prevista para esta segunda-feira, 28. Porém, com essa primeira etapa das obras foi concluída mais rápido do que o esperado, os técnicos anteciparam a visita. Entre as recomendações estava a retirada de escombros e o escoramento de paredes.

“Nós verificamos que há mais pontos fragilizados e pedimos para reforçar mais alguns pontos”, disse José Theóphilo Leme de Moraes, um dos técnicos do IPT que participou da vistoria. Segundo ele, com a limpeza de parte das áreas afetadas foi possível detectar novos riscos à estrutura.

O laudo do IPT serve de base para a Defesa Civil Municipal e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidirem pela reabertura da estação. O terminal é ponto final de duas linhas de trens metropolitanos. Em uma parte não atingida pelo incêndio funciona ainda a interligação com dois ramais de metrô, que continuam funcionando normalmente.

Um dos trabalhos que continuará sendo feito agora é o chamado atirantamento, quando paredes opostas são amarradas com cabos de aço para dar mais sustentação à estrutura. “Amarrar uma parede contra outra parede, para se houver qualquer tendência [de queda] e um dos lados, uma ajuda outra”, explicou Moraes. O técnico estima que sejam necessários pelo menos dois dias para realização dos novos reparos.

Os custos da reforma emergencial estão sendo cobertos pela organização social responsável pelo Museu da Língua Portuguesa. No entanto, o seguro do prédio já foi acionado.

Foto: Gilberto Marques/Divulgação

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