HC espera economizar R$ 2 milhões com energia em 2019
Instituição de Ribeirão Preto passou a comprar direto por licitação
Até o final de 2019, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP deve economizar cerca de R$ 2,2 milhões com a conta de energia elétrica. Isso porque, desde janeiro deste ano, a Instituição deixou de comprar energia da instituição responsável por fornecer na cidade, no sistema cativo, e passou a comprar no mercado livre. Em razão da mudança de fornecedor, a direção estima gerar economia entre 18% a 25% sobre os R$ 8.811.602,95 gastos em 2018.
No primeiro trimestre deste ano, o Hospital economizou R$ 406.419,95. Em janeiro, a conta de energia foi de R$ 665.560.73. Mas se não tivesse havido a migração para o mercado livre, o Hospital pagaria R$ 808.127,29 e nos demais meses aconteceu da mesma maneira.
Segundo a assessoria de imprensa, o HC prevê economia ainda maior. Enquanto o contrato com o novo fornecedor, no mercado livre, prevê tarifa com reajuste anual durante os quatro anos de contrato, o custo da energia do mercado cativo tem as variáveis de preço em decorrência das distribuidoras de energia elétrica praticarem bandeiras tarifárias, estabelecidas pela ANEEL, que são controladas pelas condições de geração de energia elétrica.
“O ingresso do Hospital no mercado livre foi exaustivamente discutido com as áreas técnicas e com o suporte de empresas especializadas no assunto. Considerando o grau de complexidade envolvido, sua implantação levou cerca de dois anos, obtendo o aval dos órgãos técnicos e jurídicos do Estado. Abrimos a licitação em julho do ano passado para começarmos a receber energia em janeiro de 2019”, explicou Benedito Carlos Maciel, superintendente do hospital.
“Pelo que observamos no Estado, com exceção de algumas empresas de economia mista, o hospital é a primeira instituição pública a ingressar no mercado livre de energia. É uma boa estratégia e vamos conseguir uma economia substancial”, esclareceu Maciel.
Mercado livre
O mercado de energia está dividido em livre e cativo. No primeiro, também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), os consumidores compram energia diretamente dos geradores com preço negociado entre as partes. Enquanto, no mercado cativo, as tarifas são definidas pela Aneel com base em vários fatores, entre eles, as tarifas por meio do sistema de bandeiras: verde, amarela e vermelha que são utilizadas para indicar alteração no preço.
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