
Moradores de Ribeirão Preto já percebem aumento em conta de água
Eles apontam tarifas mais caras e Daerp afirma que revisão serve para corrigir distorções e manter equilíbrio da autarquia
Neste início do mês de agosto, moradores de Ribeirão Preto já tem sentido um leve aumento na cobrança da tarifa de água, depois de revisão tarifária definida no último mês de maio pelo Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp). Segundo a autarquia, a atualização dos valores serve para corrigir distorções e manter equilíbrio econômico.
Um desses consumidores que notou o aumento na conta foi o aposentado Ronaldo Siqueira, que vive na Vila Virgínia, na Zona Oeste, junto com dois filhos. Ele diz que sempre pagou uma tarifa mínima da conta de água e percebeu um aumento em relação aos meses anteriores. O aposentado comenta que, apesar do baixo valor, isso chamou sua atenção.
“Eu tenho pagado geralmente pela taxa, mas esse mês veio um pouquinho a mais. No boleto, veio o consumo um pouco maior, porque geralmente eu gasto menos do que a taxa”, comenta o aposentado, que lembra que o montante passa longe de contas de quase R$ 500 que já pagou, em razão de um vazamento que tinha em casa, mas que já foi consertado.
A tarifa paga pelo seu Ronaldo passou de R$ 21,48, em junho, para R$ 22,12, em julho. O mesmo foi verificado por outros moradores que têm o costume de pagar essa tarifa mínima, conforme levantado pela reportagem - um aumento de 3,3%.
O Daerp diz que esse reajuste é referente à revisão tarifária implantada em maio e que não há relação com o convênio da autarquia com a Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ), em vigor desde junho, que, segundo o acordo assinado, tem o direito de efetuar reajuste durante a vigência da parceria, que é de cinco anos. No entanto, ele ainda não teria sido definido.
“Não houve impacto significativo nas tarifas da grande maioria dos usuários”, diz o Daerp, que aponta que 32,4% dos usuários tiveram redução de valor na tarifa em até 65%. No entanto, 38,3% teve reajuste de até 3%, e outros 24,5%, receberam aumento médio de 4,5%.
Para o diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, Carlos Alencastre, esses reajustes de baixo impacto são comuns para correção dos índices inflacionários e, também, manutenção dos serviços. “Esse reajuste de 3% é só um reajuste, nada tão expressivo que se possa criar algum alarde. As tarifas do Daerp são aquém das tarifas cobradas por outras empresas de saneamento e tem de acompanhar o mercado, porque o custo de manutenção vai sempre aumentando e necessitando de investimentos”, explica.
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