Mulher que atropelou e matou marido na Zona Sul de Ribeirão se entrega à polícia
Ela se entregou no 4º DP, onde o crime é investigado, e passará por exames no IML antes de ir para a cadeia

Mulher que atropelou e matou marido na Zona Sul de Ribeirão se entrega à polícia

Ela se apresentou com o advogado no 4º Distrito Policial de Ribeirão Preto

A mulher indiciada por atropelar e matar o marido, no último dia 1°, na Zona Sul de Ribeirão Preto, se entregou à polícia na tarde desta quinta-feira, 12. Beatriz Candido Araújo Azevedo Olivato, de 57 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça, após ser indiciada por homicídio triplamente qualificado.

Ela se entregou no 4º DP, onde o crime é investigado, passará por exames no Instituto Médico Legal (IML) e deverá ser encaminhada para a cadeia feminina de Franca.

No dia do crime, no registro do boletim de ocorrência, ela alegou que estaria sendo agredida pelo companheiro, Fernando Azevedo Olivato, de 55 anos, mas, o delegado José Luiz Meirelles Junior, do 4º Distrito Policial, explicou que, com as novas informações do caso, ela foi indiciada porque teve a intenção de matar. “Assim que a ocorrência chegou até nós, vimos que seria necessário conseguirmos a imagem da frente do veículo para que pudéssemos compreender o caso. Ao obtermos a filmagem, percebemos que a vítima [marido] estava tranquila quando foi atropelada”.

Ainda segundo o delegado, o casal vivia em atrito, tanto que no dia do ocorrido, a Polícia Militar (PM) já havia comparecido ao local para mediar uma discussão dos dois. “Eles viviam em atritos. Horas antes, a PM atendeu o casal no apartamento dele, mas pelas imagens, nota-se que, na hora do atropelamento, o homem calmamente vai até o carro da esposa”. 

De acordo com Junior, a mulher não demonstrou remorso e nem tristeza pela morte do marido. Outro comportamento estranho flagrado por uma testemunha, é que após o atropelamento, ela chega ao local e, em um primeiro momento, não se identifica como esposa da vítima. “Ela só começa a se identificar quando um dos moradores do local fala que a Polícia Militar usará as imagens das câmeras de segurança dos prédios para esclarecer os fatos”, explica o delegado.

Segundo o advogado Carlos Marcelo Rocha Mesquita, Beatriz se apresentou espontaneamente à polícia enquanto aguarda o término das investigações. A defesa descartou a hipótese levantada inicialmente de legítima defesa.

A linha que será seguida pelo advogado agora é de que o homicídio não foi doloso, mas sim, culposo. Ou seja, a viúva não teve a intenção de matar.

"Nas imagens é possível ver que ela não teve intenção alguma de matar. A Beatriz saiu com o carro para o lado esquerdo, contrário ao do Fernando. Se ela tivesse a intenção de matar, teria saído com o carro em direção a ele. Foi uma fatalidade", argumenta Mesquista.

 


Foto: Reprodução

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