Obras de reestruturação da Catedral de Ribeirão Preto começam na próxima semana
Empresa de Jaboticabal será a responsável pelo trabalho de conter as rachaduras e pela reestruturação do local

Obras de reestruturação da Catedral de Ribeirão Preto começam na próxima semana

Empresa contratada para a realização da reforma já iniciou os estudos no solo do terreno da igreja

A primeira fase da reforma da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto já está em andamento, informou o padre Francisco Jaber. Antes de dar início às obras de adequação de estrutura, acessibilidade, implantação de climatização e paisagismo, o templo receberá um reforço estrutural, principalmente no anexo, ao fundo da igreja, onde as rachaduras são maiores.

A empresa contratada para o serviço será a Engeprem, de Jaboticabal. “Eles já estão fazendo alguns testes no solo nesta semana. Para que, na semana que vem, eles possam vir com as estacas e começar o reforço estrutural”, confirmou o padre Chico, como é conhecido.

Em uma reunião convocada pela Arquidiocese em junho, o engenheiro responsável pelo restauro, Danilo José Pereira, explicou que a Catedral não será “enrijecida”, mas que os reparos farão com que a estrutura seja fortalecida ao mesmo tempo em que ganhará flexibilidade para não sofrer com novas rachaduras. “Serão implantadas 110 microestacas ao redor do prédio, cada uma com cerca de 13 centímetros de diâmetro e 22 metros de profundidade”, afirma.

O especialista esclarece que o terreno no qual está localizada a Catedral é argiloso, o que não dá a sustentação devida para as estruturas da construção. Contudo, o terreno fica mais firme entre 18 e 25 metros de profundidade. Além das microestacas, o templo receberá uma amarração com fibra de carbono, em vez de concreto, para que haja flexibilidade na estrutura. 

A primeira etapa da reforma objetiva um reforço estrutural para o local, com o reparo de rachaduras, declives, conserto dos telhados e do sistema hidráulico. Após isso, o templo deve receber um projeto paisagístico e também uma nova pintura. “Já recebemos a autorização do Condephaat [Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo], mas ainda não temos prazo para começar. Precisamos resolver esta questão da estrutura primeiramente", comentou o padre.

De acordo com o padre Chico, as obras não devem afetar o funcionamento das cerimônias ou das missas. “Se houver a necessidade de alguma intervenção interna mais agressiva, temos um plano B de maquiagem com papel de parede para cobrir ferragens imitando as pinturas, ou placas de madeira imitando o piso. Os casamentos não serão prejudicados e nem as celebrações”, conclui. 


Foto: Ibraim Leão

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