
Operação Carcará: balanço revela apreensão de R$ 900 mil, arsenal criminoso e 11 prisões
Ação ocorreu nesta segunda-feira, 16, em 17 cidades do Estado de São Paulo, mobilizando cerca de 400 agentes
Nesta segunda-feira, 16, uma força-tarefa composta pela Polícia Civil de São Paulo, Ministério Público (GAECO), Polícia Militar e Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Carcará, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes e empresas de transporte de valores.
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A operação mobilizou cerca de 400 agentes, incluindo policiais civis e militares, promotores de justiça e servidores, atuando em 17 cidades do estado de São Paulo, entre elas Ribeirão Preto, Franca, São Paulo e Santo André. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 48 de busca e apreensão, resultando em 11 prisões temporárias, três flagrantes e um suspeito morto em confronto com a polícia.
Durante a ação, as autoridades apreenderam R$ 900 mil em espécie, nove veículos avaliados em R$ 1,03 milhão, cinco armas de fogo, 100 munições de grosso calibre, um case de fuzil, dois computadores, 21 celulares, meio quilo de maconha e uma máscara inspirada na série La Casa de Papel. Além disso, foi determinado o bloqueio judicial de um apartamento avaliado em R$ 800 mil.
Para apoiar as operações, foram utilizados dois helicópteros: o Águia, da Polícia Militar, e o Pelicano, da Polícia Civil. As investigações estão sendo conduzidas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), em parceria com outras unidades especializadas.
Crimes motivaram operação
A Operação Carcará teve início após uma série de crimes violentos ocorridos na região de Ribeirão Preto. Em setembro, a quadrilha atacou um carro-forte na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), utilizando armas de guerra, explosivos e veículos blindados. O veículo foi destruído, mas o dinheiro acabou queimado e não foi levado. Durante a fuga, houve confronto, resultando em feridos entre civis e policiais.
Dois dias depois, outro confronto foi registrado na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo a Altinópolis, na mesma região. A troca de tiros deixou três suspeitos mortos, além de um policial militar e um caminhoneiro.
Primeira fase e desarticulação financeira
A primeira fase da operação foi deflagrada em outubro, com ações em Paraisópolis e na Praia Grande. Na ocasião, um suspeito morreu em confronto, e outros foram presos com armas, drogas e documentos falsificados.
Além das prisões e apreensões, a operação também atinge as finanças do grupo criminoso, com o bloqueio de bens como imóveis, veículos e contas bancárias, visando enfraquecer a estrutura da organização. As investigações apontam que a quadrilha opera de forma altamente organizada, dividida em células interligadas.
Homenagem
O nome "Carcará" foi escolhido em homenagem ao sargento Márcio Ribeiro, do 11º BAEP de Ribeirão Preto, morto em confronto com a quadrilha em setembro deste ano.
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