Polícia Federal prende vereador de Sertãozinho por suposta ligação com tráfico de drogas
Ao todo, 11 pessoas foram presas e 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta sexta-feira, 27

Polícia Federal prende vereador de Sertãozinho por suposta ligação com tráfico de drogas

Parlamentar preso pela PF teve tio cassado por infringir Lei da Ficha Limpa

Entre os detidos pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 27, na região de Ribeirão Preto, está o vereador Samuel da Silva (PR), de Sertãozinho. De acordo com a PF, Samuel, que também é conhecido como Sandrin, seria um dos financiadores do esquema deflagrado investigado pela Operação Cartão Vermelho.

Sandrin e outras 11 pessoas foram presas temporariamente por 30 dias – a Justiça pode ampliar a prisão por mais 30. Além disso, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.

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Segundo a PF, a investigação, que foi iniciada em outubro do ano passado, identificou integrantes de uma organização criminosa que se dedicava à prática de crimes de tráfico, associação e financiamento de drogas, com atuação mais intensa em Ribeirão Preto e Sertãozinho.

Entre os envolvidos, estaria o vereador Samuel da Silva, o Sandrin. O advogado do parlamentar, Cesar Augusto Moreira, afirma que o paciente, em depoimento aos agentes da Polícia Federal, respondeu tranquilamente a todas as perguntas e que esclareceu todas. O defensor ainda disse que irá analisar a denúncia.

Mesmo assim, ele diz que Samuel da Silva é inocente. “Tudo que perguntaram para ele, ele respondeu, apresentou o celular, esclareceu o conteúdo das conversas com interpretações que a polícia entende que tem conotação criminosa. Vou acessar o processo e saber do que se trata”, disse Moreira. “Vou ver do que se trata. Foram feitas umas 30 perguntas, ele esclareceu todas. Samuel não tem o que esconder”, completou.

Samuel da Silva é sobrinho de um ex-vereador de Sertãozinho, Sandro Aparecido da Silva, que também era conhecido como Sandrin. O mandato foi cassado em março de 2015, pois o parlamentar foi condenado por um crime de furto que teria sido cometido por ele no ano de 2003 e, desta forma, infringiu a Lei da Ficha Limpa. Moreira também defendeu o tio de Samuel neste caso e recorreu da condenação e aguarda decisão.

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Foto: Pedro Gomes

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