Prefeitura diz que reajuste de 13% a servidores só é possível com aumento de imposto
Prefeitura diz que reajuste de 13% a servidores só é possível com aumento de imposto

Prefeitura diz que reajuste de 13% a servidores só é possível com aumento de imposto

Mesmo assim, administração municipal informa que está disposta a dialogar com os grevistas

Com o anúncio do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, que afirmaram deflagrar greve a partir desta quinta-feira, 30, a Prefeitura de Ribeirão Preto publicou uma Carta aberta aos contribuintes de Ribeirão Preto explicando a situação econômica do municipal, e afirmando que a única possibilidade de dar o reajuste exigido pelos servidores, de 13%, seria com elevação dos tributos.

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No comunicado, a Prefeitura ainda diz que mesmo não reunindo condições para o reajuste, está disposta a dialogar com os servidores para encontrar uma solução – o sindicato informa que tem uma reunião marcada para a tarde desta quarta-feira, 29.

Confira a carta:

No início do mês de março, os servidores municipais de Ribeirão Preto entregaram à prefeitura, pelas mãos de diretores do Sindicato dos Servidores Municipais, uma pauta de reivindicações com mais de 130 itens, sendo as três principais econômicas, que resultam em um impacto de R$ 190 milhões a mais, por ano, na folha de pagamento.

Os servidores reivindicam reajuste salarial de 13%. Sim, 13%. O mesmo percentual deve ser aplicado sobre o vale alimentação e sobre a cesta nutricional dos aposentados e pensionistas. Não se questiona o merecimento ou não dos servidores, mas o momento do pedido e as possibilidades da prefeitura.

O país vive um momento de PIB negativo por dois anos consecutivos. Com isso há retração econômica próxima de 9% e a consequente queda de arrecadação. Há três meses, em dezembro, a prefeitura não tinha dinheiro para pagar salários, 13º salário e encargos. E a grande maioria dos servidores tem consciência disso.

Assim, para aumentar salários sem comprometer ainda mais as finanças da prefeitura a única saída é o aumento de impostos. Não há mágica. E a população não está disposta e nem merece pagar mais impostos.

Ainda que não reúna condições para um reajuste de 13% em um momento crítico da economia, a Administração Municipal mantém aberto o diálogo. Está disposta a conversar em busca de uma solução possível neste momento de crise de uma prefeitura quebrada pelos motivos que a população conhece muito bem.

Mas ao invés de se manter no diálogo, o Sindicato dos Servidores propõe uma greve geral e por tempo indeterminado. A paralisação é um direito a ser usado quando não há opção. Quando todas as portas se fecham. O que não é o caso agora. As portas da negociação seguem abertas.

Ainda assim, mesmo que o sindicato insista na greve, a prefeitura tomará as providências necessárias para que todos os serviços funcionem dentro da normalidade e o cidadão contribuinte seja atendido a contento.


Foto: Julio Sian

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