Ribeirão Preto cai 11 posições no ranking das melhores cidades para se fazer negócios
Capital humano foi o indicador que mais apresentou queda na cidade

Ribeirão Preto cai 11 posições no ranking das melhores cidades para se fazer negócios

Prefeitura alega que tem investido na geração de empregos e que alguns números utilizados pela pesquisa são de 2016

Ribeirão Preto caiu 11 posições no ranking das melhores cidades para se fazer negócio no Brasil. O levantamento faz parte de um estudo produzido anualmente pela Urban Systems para a revista Exame e foi divulgado nesta quarta-feira, 31.

Em 2017, a cidade ocupava a 22ª posição e caiu para a 33ª, em 2018. Para se obter o resultado, a pesquisa apresenta quatro recortes do tema, focando nas melhores cidades em relação ao: desenvolvimento econômico, capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura.

A primeira posição ficou com o município de Vitória, capital do Espirito Santo. A cidade ultrapassou São Paulo, que ocupava a primeira posição e agora caiu para o terceiro lugar. São Caetano do Sul ficou com o segundo lugar. Do interior paulista, a cidade que mais se destacou foi São José do Rio Preto, saindo da 20ª posição em 2017, saltando para a 11ª, em 2018.

Os últimos levantamentos da Urban Systems não foram positivos para Ribeirão Preto. No início de setembro deste ano, a empresa divulgou o ranking das cidades mais conectadas do País e o município ficou na 23ª posição.

Apesar de colocar Ribeirão entre as melhores cidades do Brasil, os números chamam a atenção porque, desde 2016, o município não para de cair no ranking. Há dois anos, ocupava a posição de número 19 e passou para a 22ª em 2017.

Abaixo, todos os indicadores e como Ribeirão Preto se saiu em cada um deles:

Desenvolvimento econômico
O Ranking de Desenvolvimento Econômico representa o recorte econômico e financeiro do estudo principal, acrescido de informações de comércio exterior, como importação e exportação, diversidade econômica e também empreendedorismo.

Situação:  Ribeirão não aparecia no ranking de 2017. Em 2018, a cidade surgiu na 66ª posição.

Capital Humano
O Capital Humano é a condição fundamental para o desenvolvimento e atração de qualquer segmento de empresa ou negócio. A mão de obra qualificada é um dos principais fatores que definem o sucesso de uma empresa. Neste quesito, são analisados os índices de população economicamente ativa, expectativa de anos de estudo, saldo de empregos formais, renda média dos trabalhadores, trabalhadores formais com ensino superior, matrículas no ensino tecnológico, entre outros.

Situação: Ribeirão Preto caiu 17 posições. Foi o pior indicador, sendo um dos responsáveis por puxar a cidade para baixo no ranking geral. O município saiu da 54ª posição para 71ª.

Desenvolvimento social
O Ranking de Desenvolvimento Social mede o reflexo do desenvolvimento de negócios na cidade sobre a população local, analisando indicadores sociodemográficos e econômicos, de educação, de saúde e de segurança.

Situação: Ribeirão não aparecia no ranking de 2017. Em 2018, a cidade aparece na 30ª posição.

Infraestrutura
O indicador de infraestrutura está relacionado às facilidades que proporcionam ao desenvolvimento de empresas e negócios nas cidades. Com indicadores que tratam desde a infraestrutura básica, como distribuição de água, por exemplo, até a questão de telecomunicação, os indicadores apontam cidades que não possuem barreiras para o desenvolvimento de negócios de diferentes segmentos.

Situação: Ribeirão era uma das 10 cidades com a melhor infraestrutura no País em 2017, ocupando a 9ª posição. Em 2018, a cidade caiu para o 18º lugar.

O que diz a Prefeitura 

Por meio de nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que tem investido em capacitação e profissionalização para aplicar em mão-de-obra especializada e, assim, fomentar o mercado de trabalho. Para isso, tem oferecido cursos profissionalizantes na Escola profissionalizante Celso Charuri, Fortec e no Centro de Qualificação Social. Segundo o Executivo, somando essas instituições, cerca de 7 mil pessoas receberam certificação só no último ano.

A prefeitura também destaca os investimentos estaduais no Supera Parque e na Etec José Martimiano. Além da formação, a nota do Executivo aponta para o início das obras da terceira etapa do Distrito Empresarial. 

Por fim, a administração municipal alegou que, na metodologia empregada pelo ranking da Urban System, alguns índices utilizados são de anos anteriores da atual administração. "Entre eles, o número de trabalhadores formais com ensino superior (2016) e o número de matrículas ensino superior (INEP/IBGE 2016) - fatores estes que influenciam no resultado apresentado pelo ranking que avalia o capital humano", declarou.

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Foto: Arquivo Revide

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