Ribeirão Preto cai nove posições em ranking de serviços municipais
Pior desempenho da cidade no índice foi em Segurança Pública, com queda de 21 posições em 10 anos

Ribeirão Preto cai nove posições em ranking de serviços municipais

Índice de Desafios da Gestão Municipal é construído com base em 15 indicadores de quatro áreas

Pensar na última década traz más lembranças para Ribeirão Preto. Além dos escândalos de corrupção, a cidade caiu nove posições no Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM) entre os anos de 2006 e 2016.

O ranking é construído com base em um índice que reúne 15 indicadores em quatro áreas: Educação, Saúde, Segurança e Saneamento e Sustentabilidade. Os indicadores selecionados buscam captar serviços sob influência das prefeituras, mesmo que fornecidos por outros entes da Federação e a iniciativa privada.

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No ranking geral, Ribeirão aparece na 13ª posição, com queda de nove posições entre 2006 e 2015. Porém, subiu de 14º para 13º em 2016. No ranking de 2018, a maior parte dos indicadores tem como período de referência o ano de 2016, com exceção dos indicadores de educação infantil (2017), cobertura de atenção básica (2015) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) (2015).

Questionada sobre a colocação de Ribeirão Preto no ranking, a prefeitura respondeu, por meio de nota, que o ranking do IDGM 2018 analisa a última década, o que implica em gestões anteriores.

“De modo geral, avaliamos que, conforme constatado, a administração atual tem empregado políticas públicas visando ao desenvolvimento econômico e social do município e tem conseguido atingir esse objetivo, como a melhora na saúde, constatada pelo índice", avaliou o Executivo.

Ribeirão Preto aparece em 17º no Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência de 2017 entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. O levantamento é desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ao todo, foram analisados 304 municípios. Na região, a cidade mais bem colocada é Sertãozinho, que ocupa a 6ª colocação entre as melhores do País, e também aparece entre os dez municípios que expressaram melhoras mais acentuadas entre 2012 e 2015.

Apesar desses dados, o número geral de homicídios em Ribeirão diminuiu na comparação 2017-2016 . O destaque do último ano vai para a 1ª Companhia do 51º Batalhão da Polícia Militar do Interior de São Paulo, que foi a única a não registrar homicídios em toda região.

Sobre as mortes no trânsito, a Empresa de Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) respondeu, por meio de nota, que 94% dos acidentes no trânsito acontecem por falha humana. "Condutas imprudentes ou negligentes retiram do condutor a mesma cognição que ele teria que estar utilizando para conduzir o veículo, que poderá provocar um acidente de trânsito." informou.

Apesar do IDGM calcular os indicadores até o ano de 2016, um ano antes do início da atual gestão, a Transerp comenta que o número de acidentes caiu em 2017. 

"Mesmo com o aumento de 148% da frota de veículos em 20 anos, Ribeirão Preto registrou, em 2017, o menor número de acidentes de trânsito dos últimos dez anos. Segundo levantamento divulgado em fevereiro de 2018, o município reduziu os acidentes de trânsito nas vias públicas municipais, excluindo rodovias", informa a nota.

Conforme o relatório, houve diminuição dos acidentes sem vítimas, atropelamentos e acidentes com vítimas não pedestre. Na estatística, Ribeirão Preto contabilizou 10.639 acidentes em 2017, o que representa uma redução de 9,72% - em 2016, o município havia registrado 11.785 ocorrências.

Educação



Saúde

Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que a cobertura de equipes de atenção básica teve aumento significativo ao longo dos anos e uma queda importante no ano de 2017, decorrente do grande número de aposentadoria de profissionais e reposição não proporcional.

“No ano de 2018, houve a reorganização da rede de assistência à saúde, com a transferência de três serviços de pronto atendimento (PA) para Fundação Hospital Santa Lydia, o que levou a um aporte de profissionais que antes trabalhavam no PA para a Atenção Básica, além da contração direta de mais de 100 profissionais pela prefeitura. Assim, a cobertura de equipes de atenção básica teve um novo aumento.”, alegou.

A respeito das mães que receberam sete ou mais consultas pré-natal, a pasta alega que o número subiu nos últimos anos. Passando de 79% em 2008, para 85,6% em 2017.



Sob supervisão de Marina Aranha.


Foto: Ibraim Leão

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