Ribeirão é a 6ª melhor cidade para se viver após os 60 anos, diz FGV
Ribeirão Preto é a sexta melhor cidade para se viver após os 60 anos, diz FGV

Ribeirão é a 6ª melhor cidade para se viver após os 60 anos, diz FGV

Entre 150 municípios de grande porte, Ribeirão está atrás apenas de Santos, Florianópolis, Porto Alegre, Niterói e São José do Rio Preto

Uma pesquisa feita em 150 municípios aponta Ribeirão Preto como a 6 ª melhor cidade do país para idosos viverem entre aquelas consideradas grandes (com mais de 100 mil habitantes). Com o Índice de Desenvolvimento Urbano Para Longevidade (IDL), resultado da parceria entre o Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e a FGV, são revelados quais são os municípios que oferecem as melhores condições de vida para os idosos.

Além de ocupar o 6º lugar no desempenho do "índice agregado" (pessoas acima de 60 anos em geral), Ribeirão está em 8º, no "índice pessoas com idade entre 60 e 75 anos", e em 10º, no "índice pessoas com idade superior a 75 anos".

Entre os 150 municípios com mais de 100 mil habitantes, Ribeirão recebeu da pesquisa a nota 75,42 para o grau de bem-estar oferecido aos adultos maiores de 60 anos. Com esta nota, a cidade fica atrás apenas de Santos (99,66), Florianópolis (86,4), Porto Alegre (83,24), Niterói (81,61) e São José do Rio Preto (81,13).

Vale ressaltar que, para fazer o ranking, os pesquisadores consideraram não só as ações específicas para idosos. A condição geral da cidade - em termos econômicos, sociais, culturais, a rede hospitalar e a educação - também foi levada em conta.

A ideia é que quanto melhor for a vida das crianças, dos jovens, do adulto jovem, melhor será o bem-estar dos idosos; tendo em vista a capacidade da cidade em atender às necessidades básicas de vida.

Os pesquisadores usaram mais de 60 indicadores, que vão desde a violência urbana ao número de pessoas que se casaram já maduras, os quais resultaram em sete variáveis: indicadores gerais, cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e trabalho e cultura e engajamento.

Aumento da expectativa de vida

Uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisas em Economia Regional (Ceper) com base em dados do último censo demográfico do IBGE, feito em 2010,  mostra que a população idosa de Ribeirão é maior do que a média registrada no Estado. De acordo com o estudo, 8,7% dos 604 mil habitantes da cidade (52,5 mil pessoas) tinham mais de 65 anos, número superior aos 7,8% da média no Estado.

No que diz respeito à probabilidade de sobrevivência do ribeirãopretano, a chance de uma pessoa chegar aos 60 anos em Ribeirão passou de 79,6%, em 2000, para 85,5%, em 2010. Já no Estado, esse índice subiu de 79,2% para 84,3% no mesmo período. Além disso, a expectativa de vida registrada na cidade, em 2010, era de 75,7 anos, ao passo que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Ribeirão é de 0,855, considerado alto pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Incerteza sobre o futuro

O sociólogo Ubaldo Silveira chama atenção que, embora Ribeirão Preto, quando comparada com outras cidades, proporcione melhores condições de vida e econômicas para população de modo geral, a cidade tem muito ainda a evoluir para conseguir assegurar essa situação nos próximos anos.

“Realmente Ribeirão oferece boas condições de vida para a população envelhecer bem, isso muito por conta de fatores favoráveis como solo, clima, vegetação, oportunidades de emprego, educação, alimentação e saúde. No entanto, todos esses fatores positivos atuais ainda são reflexos do passado. Em um futuro próximo, nada garante que a cidade consiga proporcionar a mesma qualidade de vida, já que o aumento da poluição do ar e da contaminação do Aquífero Guarani são problemas cada vez mais preocupantes", analisa.


Foto: Pixabay

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