Servidores de Ribeirão Preto se organizam no WhatsApp contra mudanças no IPM
Mais de 800 pessoas já fazem parte dos grupos para discutir o tema

Servidores de Ribeirão Preto se organizam no WhatsApp contra mudanças no IPM

Funcionários públicos municipais apontam ataques a direitos previdenciários

Além da Prefeitura de Ribeirão Preto, a situação do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) também preocupa os servidores. Os funcionários públicos municipais criaram grupos de WhatsApp para discutir o assunto e, de acordo com a descrição das equipes, o objetivo é organizar uma mobilização contra a reforma do sistema previdenciário na cidade.

São pelo menos quatro grupos denominados “Unidos Pelo IPM”. De acordo com um dos administradores, cada um desses grupos conta com cerca de 220 pessoas. “Criamos grupos de WhatsApp com foco na organização e na mobilização da nossa categoria, contra ataques aos nossos direitos previdenciários, venham eles por meio de uma contra-reforma do IPM ou da previdência”, afirma o texto que convida os servidores a fazerem parte das discussões. Os funcionários são contrários às reformulações. Ele alegam que a situação chegou em que está em razão de políticas da própria prefeitura.

“O governo, por leis complementares, construiu uma parte da contribuição patronal do IPM por regime de caixa. Não tem apoio da categoria. O servidor não é culpado. Ele não pode pagar a conta”, afirma Caio Cristiano.

Caixa fraco

Os grupos são contrários à possibilidade de aumento de alíquota do IPM que os servidores deveriam pagar, que hoje é de 11% dos salários. Essa seria uma das saídas estudadas pela prefeitura para frear o rombo do fundo previdenciário do município. Em agosto, o Portal Revide mostrou que a Prefeitura faz repasses de R$ 20 milhões ao mês para suprir com a receita do IPM - além dos repasses que já realiza como contribuição patronal.

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De acordo com o Governo Municipal, a situação é tão complicada que, em razão dos repasses que estavam fora do escopo da prefeitura, houve atrasos nos pagamentos aos servidores, afetando alguns serviços.

“O grande problema foi esse. O caixa da prefeitura fragilizou. Nós não tivemos correção de imposto, não tivemos correção de alíquota. Tudo aquilo que aconteceu nos outros anos se acentuou: o caixa é o mesmo e as despesas foram aumentando”, diz o secretário da Fazenda de Ribeirão Preto, Manoel Gonçalves.


Foto: divulgação

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