Venda de anabolizantes era realizada em grupo de WhatsApp, em Ribeirão Preto
Os criminosos responderão pelo artigo 273 do código penal que é o comércio ilegal de medicamentos com uma pena grave

Venda de anabolizantes era realizada em grupo de WhatsApp, em Ribeirão Preto

Produtos importados do Paraguai eram comercializados para todo Brasil, segundo a Polícia Federal

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 20, a Polícia Federal de Ribeirão Preto divulgou que uma quadrilha da cidade vendia anabolizantes e esteroides através de um grupo de WhatsApp para todo Brasil. Neste dia, a PF cumpriu 12 mandados de Busca e Apreensão e quatro mandados de Prisão Temporária.

Três homens foram presos e um permanece foragido da PF. Segundo o Delegado Fernando Augusto Battaus, dois destes suspeitos são de Ribeirão Preto e os demais de Araçatuba, inclusive o fugitivo.

A operação Pedidos Justus ganhou este nome, pois era assim que o grupo virtual era chamado. Pessoas de todo Brasil frequentavam as conversas e faziam os pedidos enviados pelos criminosos nos Correios, na cidade ribeirãopretana.

“É uma operação que teve início em setembro do ano passado. A Polícia Federal detectou que havia várias postagens nos Correios de anabolizantes. O órgão prendia esses produtos e nos informava. Com isso, através de um trabalho de inteligência, tivemos acessos as imagens dos correios e identificamos quem estava por trás deste serviço”, diz Battaus.

Essa pessoa foi presa em fevereiro com mandado de prisão, no entanto, o celular do mesmo foi apreendido e a assim o grupo foi descoberto. “Nesta manhã, na casa de um dos suspeitos foi encontrada uma certa quantidade de anabolizantes e uma arma de fogo, porém o proprietário não se encontrava”.

O delegado explica que os pedidos eram feitos individualmente para cada uma dessas pessoas. “Os integrantes recebiam os pedidos no aplicativo e despachavma para o Brasil todo. Vimos a comercialização para os estados do Ceará, do Maranhão e do Rio Grande do Sul, por exemplo”.

Os criminosos responderão pelo artigo 273 do código penal que é o comércio ilegal de medicamentos com uma pena grave, além de formação de quadrilha.

Faz 11 meses que a quadrilha foi identificada. Houve um trabalho de inteligência e houve a operação foi deflagrada. “Acreditamos que a quadrilha importava tudo do Paraguai. Mas estamos apurando como eles compravam os medicamentos. A Polícia Federal busca identificar outras pessoas envolvidas. Foram apreendidos os celulares dos detidos e esses serão periciados e analisados com a finalidade da identificação de outros integrantes. Decretamos a prisão preventiva para este comerciantes ilegais”, conclui Battaus.


Foto: Pedro Gomes

Compartilhar: