Vereador em Sertãozinho é cassado por supostamente ter apresentado notas falsas
Ao todo, 14 vereadores votaram pela cassação de Antonio Cesar Peghini, acusado de uso indevido de verbas públicas
A Câmara Municipal de Sertãozinho votou nesta terça-feira, 14, pela a cassação de um vereador acusado de fazer uso indevido de verbas públicas. O vereador Antônio César Peghini (PMDB), agora com o mandato cassado, diz que a denúncia é “mal feita” e baseada em hipóteses. A Polícia Civil de Sertãozinho também investiga o caso e indiciou Peghini por peculato de documento falso.
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Peghini, também conhecido por Cesinha, foi denunciado por receber R$ 3,8 mil de ressarcimento sobre almoços em viagens realizadas para São Paulo, que fez durante seis meses ao longo do ano de 2015. De acordo com a Polícia Civil, ele teria pegado notas de estabelecimentos que não serviam refeições, e sim, vendiam comida in natura, no Mercado Municipal da Capital.
Alguns dos valores ressarcidos a Cesinha foram de R$ 500 por um almoço. O vereador argumenta que viajou para a Capital acompanhado de policiais militares que participariam de solenidades na Academia do Barro Branco, e de assessores, por isso os altos valores.
“A própria Comissão de Ética da Câmara me inocentou pedindo o arquivamento desta denúncia. Mas, quando chega aqui [no plenário] todos eles votam pela cassação. Alguma coisa está errada”, afirmou Peghini, que diz que não utilizou o dinheiro em benefício próprio, tanto, que não teria verba sequer para fazer as compras de casa. “Tiro da boca dos meus filhos para ajudar a população”, se defendeu.
O mandado de Peghini foi cassado por 14 votos a dois dos vereadores da Câmara de Sertãozinho – a Câmara conta com 17 parlamentares -, que consideraram que ele utilizou o dinheiro em benefício próprio.
O vereador Fernando Francisco da Silva (PSB), o Babá, presidente da Comissão de Ética da Câmara, que pediu o arquivamento da denúncia, votou a favor da cassação. Babá disse que a medida serve como exemplo para os outros vereadores. “Foi aberta uma porta nesta casa. Rezemos que mais ninguém passe por ela”, explicou o voto durante a sessão.
Foto: reprodução
