Vice-prefeito de Ribeirão Preto quer "disciplinar" atuação de flanelinhas
Barbosa pretende criar brigada voluntária de guardadores de veículos, no qual a cobrança de dinheiro não é obrigatória

Vice-prefeito de Ribeirão Preto quer "disciplinar" atuação de flanelinhas

Barbosa pretende apresentar projeto para cadastrar guardadores de veículos na cidade

O vice-prefeito de Ribeirão Preto e Secretário de Assistência Social, Carlos Cezar Barbosa (PPS), estuda criar brigada de guardadores voluntária, como medida para combater a atividade de “flanelinhas” no município. Barbosa, enquanto promotor do Ministério Público de São Paulo, foi autor de uma ação civil popular que prevê a proibição desse tipo de serviço.

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De acordo com o vice-prefeito, até o fim do primeiro semestre, será encaminhado ao prefeito Duarte Nogueira (PSDB) uma proposta para disciplinar a atividade no município. Segundo Barbosa, seria organizada uma brigada de guardadores voluntários. O pagamento para parar o carro ficaria a critério dos motoristas.

Para integrar essa brigada, o guardador teria de preencher alguns requisitos, como não possuir antecedentes criminais, por exemplo. Porém, outros pontos, de acordo com o secretário, ainda estão sendo estudados.

“Aqueles que exercessem a atividade fora das regras se sujeitaria à multa. É um trabalho que estamos elaborando e vamos submeter ao Prefeito”, afirma Barbosa, que ainda diz que as pessoas da brigada deverão estar identificadas.

Polêmica

Nas últimas semanas, o Portal Revide mostrou que motoristas têm reclamado da ação de flanelinhas no município. Há relatos até de cobrança de “mensalidade” para poder estacionar o carro na rua. Entretanto, uma decisão judicial de 2013 proíbe a prática em Ribeirão Preto e prevê multa ao governo estadual e à prefeitura caso descumpra a determinação de coibir a prática.

Todavia, o processo ainda segue na Justiça e aguarda uma decisão sobre recursos apresentados pelo município e pelo Estado. Por isso, o departamento de Fiscalização não pode autuar os guardadores. 


Foto: Julio Sian/ Arquivo Revide

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