"Basta bom senso", comenta Eliane Cantanhêde sobre prisão de Mantega
"Basta bom senso", comenta Eliane Cantanhêde sobre prisão de Mantega

"Basta bom senso", comenta Eliane Cantanhêde sobre prisão de Mantega

Jornalista participou de palestra em comemoração aos 30 anos da Revide, nesta quinta-feira, 22

A grande notícia da política nacional na quinta-feira, 22, foi a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que em razão da repercussão negativa pelo fato de ter sido realizada na porta de um hospital, onde a mulher de Mantega passaria por uma cirurgia, foi revista pelo juiz Sérgio Moro.

Para a jornalista Eliane Cantanhêde, que cobre os bastidores da política em Brasília, essa situação deveria ser analisada de duas maneiras: a forma como foi realizada, e o conteúdo do processo.

Isabel de Farias, Eliane Cantanhêde e Murilo Pinheiro“Não precisa ter lei para saber que aquilo não poderia ter acontecido daquele jeito. Basta bom senso”, disse Eliane, que participou de mais uma palestra em comemoração aos 30 anos da Revista Revide, no auditório Meira Júnior, do Theatro Pedro II.

Mesmo assim, para ela, o ex-ministro deve explicar o contato que teve com o empresário Eike Baptista, que alega que foi procurado por Mantega, quando este era ministro, para cobrar R$ 7 milhões para os custos da campanha do PT.

A jornalista afirmou ainda que a Operação Lava Jato coloca o Brasil na vanguarda do combate a corrupção. Ela acredita que no futuro todos os países emergentes seguirão o exemplo da Justiça e do Ministério Público daqui para acabar com esse problema.

“É melhor doer agora mexendo nesta situação, do que deixar ela do jeito que estava”, explicou Eliane, que aponta que “essa geração de juízes, promotores e agentes da Polícia Federal está muito bem preparada. Às vezes extrapolam, mas quem não erra?”, questiona.

“Ninguém sabe o que vem no futuro”

Ao comentar a possibilidade de novas eleições, Eliane afirmou que "ninguém sabe o que vem no futuro", principalmente com relação ao andamento da Operação Lava Jato. Essa é uma das justificativas da jornalista para ser contra a convocação de novo pleito, após o impeachment de Dilma Rousseff, e a posse de Michel Temer (PMDB). “É uma irresponsabilidade esta proposta, pois além de ir contra a constituição, não existem condições políticas para uma eleição presidencial agora. Os partidos não estão organizados, não têm candidatos, além da Lava Jato”, listou Eliane, que fala que não se sabe em qual situação os políticos podem estar envolvidos nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público nos próximos meses.


Foto: Ibraim Leão

Compartilhar: