Dos incêndios ao cultivo de orquídeas e bonsais

Dos incêndios ao cultivo de orquídeas e bonsais

Além de cultivar as plantas, o bombeiro aposentado, que serviu a corporação por 30 anos, é professor, voluntário e escritor

Depois de trabalhar 30 anos como bombeiro, o aposentado Rubens José Taconelli cultiva orquídeas há 20 anos e bonsais há dois anos e meio. As plantas são cultivadas em sua casa, onde ele criou um local adaptado para instalar as espécies.

O interesse pelas orquídeas começou quando Rubens foi atender uma ocorrência do Corpo de Bombeiros, em uma residência que estava pegando fogo. Após as chamas, o aposentado conheceu uma senhora que havia oferecido um saco de leite para desintoxicar o local. Taconelli agradeceu o ato e brincou que gostaria de ser presenteado com uma orquídea.

“Eu tinha visto nas árvores várias espécies de orquídeas, mas sabia que não podia pegar, pois era ilegal”, diz.

Ele conta ainda que depois de alguns dias da ocorrência, a senhora apareceu em seu local de trabalho e lhe entregou uma pequena orquídea, como um gesto de gratidão.

Para o aposentado, o intuito de cultivar estas plantas é amor à natureza e respeito ao meio ambiente. “A cada três meses vou à Mata Atlântica entregar algumas espécies de orquídeas e recebo em troca da mãe natureza outras orquídeas que encontro”, conta.

Já o bonsai, Taconelli começou a comprar através da internet para fazer o seu próprio cultivo.

Mãos generosas

Além de cultivar as plantas, o aposentado do corpo de bombeiros faz um trabalho voluntário na cidade de Batatais (SP), entregando, às quartas-feiras, pratos de sopas para os moradores de rua. O ato é realizado com uma equipe que se dispõe em pagar as despesas da alimentação.

Rubens também é formado em Letras e dá aulas sobre brigada de incêndio. Como escritor, ele lançou um livro sobre a defesa das pessoas com deficiência. A obra tem 120 páginas e conta a história de um menino cadeirante que mora em uma montanha.

O livro foi distribuído gratuitamente à população e atualmente já está disponível em braile, que é um sistema de leitura com o tato para cegos, cujos caracteres se indicam por pontos em alto relevo.

 

Foto: Arquivo Pessoal

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