CoronaVac chega ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para início de testes

CoronaVac chega ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para início de testes

Ao todo, 500 voluntários selecionados, que atuam na saúde, receberão as doses

Os testes clínicos da vacina chinesa contra o coronavírus, em parceria com o Instituto Butantan, começam nesta quinta-feira, 30, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. As doses da CoronaVac chegaram e, ao todo, 500 voluntários, que atuam na linha de frente contra o vírus, foram selecionados para receber as doses no estudo. O HC dará mais detalhes sobre o início dos testes em uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, 30.

Segundo o coordenador da pesquisa em Ribeirão Preto, o professor Eduardo Barbosa Coelho, do Departamento de Clínica Médica, a vacina está em fase final de estudo e já foi aplicada em outras fases em mil voluntários na China e não mostrou risco. O HC de Ribeirão é um dos 12 locais do Brasil escolhidos para os testes, que serão realizados em nove mil pessoas.

No Brasil, a liberação para os testes foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de julho.

A vacina, desenvolvida pela empresa chinesa SinoVac Biotec Group, em parceria com o Instituto Butantan, poderá ser disponibilizada até janeiro de 2021, segundo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no caso de resultados positivos dos testes. Para acontecer a liberação da vacina, devido a gravidade do coronavírus, é necessário que o tenha a eficácia de 50% segundo a Food and Drug Administration – FDA, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala e fornecimento gratuito pelo SUS. Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e distribuição em todo o Brasil.

Em todo o País, nove mil voluntários irão receber a vacina. Abaixo, a relação dos 12 centros de estudo que vão participar da fase final de pesquisa da vacina contra o coronavírus:

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Instituto de Infectologia Emílio Ribas
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto
Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Universidade Federal de Minas Gerais
Hospital Israelita Albert Einstein
Hospital das Clínicas da Unicamp
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Universidade de Brasília
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas de Fiocruz (RJ)
Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul
Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná

Como funciona a vacina:

O coronavírus é introduzido numa célula de macaco, a chamada célula vero, usada em vacinas como meio de cultura, de multiplicação de vírus;
O vírus é inativado para não causar Covid-19, mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe);
Ela ativa a imunidade contra o vírus em quem é vacinado;
Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune;


Arte Revide

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