Entenda porque a ômicron pode reinfectar até seis vezes mais quem não se vacinou contra a Covid-19
Variante é mais contagiosa e aumenta risco, principalmente entre os não vacinados ou que não completaram o ciclo vacinal
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que o risco de nova infecção por Covid-19 pela variante ômicron é seis vezes maior entre pessoas que não tomaram o imunizante contra o coronavírus ou que não completaram o esquema vacinal.
Tudo isso acontece porque a variante é a responsável pela nova onda de casos e internações em 149 países, expondo principalmente quem não está imunizado, já que as vacinas comprovadamente protegem contra hospitalizações e mortes.
Em uma análise feita pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, em conjunto com o Conselho de Pesquisa Médica (MRC) da Unidade de Bioestatística da Universidade de Cambridge, foi possível mostrar que o risco de reinfecção por Covid-19 pela ômicron é seis vezes maior entre os não vacinados e cinco vezes menores entre vacinados.
A ômicron é considerada pela OMS uma variante de preocupação, pois carrega mais mutações e, por isso, é bem mais transmissível. A diferença aqui é que a ômicron tem um poder de transmissão ainda maior do que as demais variantes desta categoria: delta, alfa, gama e beta.
Trato respiratório
A ômicron mostrou ainda ser capaz de infectar mais rapidamente os tecidos do trato respiratório superior em vez dos pulmões, o que também pode ajudar na disseminação da variante, de acordo com a OMS em seu relatório sobre variantes.
Essa descoberta indica também o que pode ser uma razão pela qual as pessoas infectadas com ômicron terem uma doença menos grave comparado à delta, ressalta o órgão.
Estudos realizados no Reino Unido e na Dinamarca mostraram também que a chance de transmissão da ômicron em ambiente domiciliar é ainda maior do que nos casos de delta e pesquisas realizadas na Índia e na África do Sul relataram uma proporção maior de infecção assintomática no momento do teste entre indivíduos infectados com a ômicron em comparação com a infecção pela delta – o que dificulta o diagnóstico e o controle da infecção.
*Com informações dadas pelo Instituto Butatan
Foto: Pixabay (foto ilustrativa)
