Ribeirão Preto ultrapassa dois mil casos confirmados de coronavírus

Ribeirão Preto ultrapassa dois mil casos confirmados de coronavírus

Cidade levou dois meses para chegar ao milésimo caso e 13 dias para dobrar quantidade

Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, 10, Ribeirão Preto atingiu os 2.028 casos confirmados de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Também foram registrados cinco novas mortes, totalizando 53 óbitos.

O caso de número mil, foi notificado no dia 28 de maio, dois meses após a confirmação do primeiro infectado na cidade, no dia 27 de fevereiro. Enquanto que do primeiro para o milésimo caso se passaram cerca de dois meses, do caso de número mil para o dois mil, foram 13 dias.

Os óbitos foram os seguintes:

06 de junho: Um homem, de 87 anos, com doença neurológica crônica e hipertensão arterial. Faleceu em um hospital privado.

07 de junho: Um homem, de 73 anos, com doença neurológica crônica, faleceu em um hospital privado. E uma mulher, de 68 anos com doença cardiovascular e diabetes, o óbito foi confirmado em um hospital público.

8 de junho: Um homem de 78 anos, com doença cardiovascular crônica, que faleceu em um hospital particular. E uma mulher, de 88 anos, com doença cardiovascular crônica e doença neurológica crônica, o óbito foi confirmado em um hospital público.

Retrocesso

Os dados foram divulgados pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB), durante transmissão ao vivo realizado na tarde desta quarta-feira, no Palácio do Rio Branco. O prefeito também comentou a decisão do governo do Estado de São Paulo em retroceder a Direção Regional de Saúde (DRS) XIII. A DRS abarca Ribeirão Preto e outros 25 municípios.

Com isso, os estabelecimentos não essenciais deverão fechar as portas a partir da próxima segunda-feira, 15, até o dia 28 de junho. Segundo o governo estadual, desde abril, as projeções já apontavam que a contaminação estava mais acelerada no interior do que na

Segundo Nogueira, um dos principais fatores que "prejudicaram" a região foi ela ter saído de uma base menor em relação aos municípios da grande São Paulo. Ou seja, enquanto na Capital os números já estavam elevados com algumas semanas de diferença do restante do Estado, o interior ainda aguardava pela chegada da onda que traria o pico da doença.

"Mesmo antes da reabertura, [as pessoas] não estavam fazendo uma quarentena adequada. Andando na rua a gente vê que, infelizmente, foi-se muito mais à rua do que era esperado. Talvez isso se torne um problema para nós, próxima semana pode ser pior do que essa", declarou o secretário Municipal de Saúde, Sandro Scarpelini.

Sobre o retorno das medidas mais rígidas de isolamento social, Scarpelini declarou que a população deverá se acostumar com esse cenário. "Essas indas e vindas a gente tem que se acostumar. Não adianta achar que foi um erro. Isso tem que ficar bem claro, isso tem ocorrido em outros países também", acrescentou o secretário.

Indicadores

Dentre os piores indicadores da região estão o número de internações e a quantidade de óbitos. Na média estadual dos últimos sete dias, houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram 7%.

A variação de novas internações na região de Ribeirão Preto só ficou atrás das encontradas nas regiões de Barretos e Presidente Prudente. Já nos óbitos nos últimos sete dias, a cidade ficou atrás de São João da Boa Vista, Araçatuba e Marília. 

O critério que avalia a evolução da pandemia, que contempla a variação de casos, de internações e de óbitos, foi o responsável por fazer com que a região retrocedesse. Ele foi avaliado na Faixa Vermelha. 

Já a capacidade hospitalar, que engloba a ocupação de leitos e a quantidade de leitos por 100 mil habitantes, ficou na Faixa Verde. A variação de novos casos confirmados da doença está na Faixa Amarela, enquanto a ocupação de leitos e o número de leitos por 100 mil habitantes está na Faixa Verde.

No momento, segundo dados estaduais, a taxa de ocupação é de 60% na região de Ribeirão Preto. Lembrando que, a avaliação do governo do Estado segue a seguinte ordem, do pior para o melhor cenário: Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde e Azul.

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Foto: Alexandre de Azevedo/ Prefeitura de Ribeirão Preto

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