Neste sábado, 18, tem Velhas Virgens com cerveja e rock and roll, em Ribeirão Preto

Neste sábado, 18, tem Velhas Virgens com cerveja e rock and roll, em Ribeirão Preto

Alexandre Cavalo, guitarrista da banda, fala sobre a relação do grupo com a bebida e promete show com “muita qualidade” no St. Patrick’s Festival

Quem for ao St. Patrick’s Festival em Ribeirão Preto, neste sábado, 18, pode esperar um show de muita qualidade por parte da banda Velhas Virgens. É o que garante Alexandre Dias, o Cavalo, guitarrista do grupo. Além da banda Velhas Virgens, se apresentam no festival Terra Celta e Raimundos.

A festa é, na Irlanda, em homenagem ao padroeiro do país, mas se espalhou pelo mundo também como uma ode à cerveja, coisa que definitivamente não falta quando se trata de Velhas Virgens, tanto em suas músicas, como Pão com cerveja e Eu bebo pra esquecer, quanto nos quatro rótulos próprios da banda, produzidos em Ribeirão Preto, por sinal.

O guitarrista acredita que a bebida fermentada e o rock and roll têm tudo a ver, já que servem para ajudar na socialização e curtir um tempo com os amigos. “O ditado que diz ‘Não se faz amigos bebendo leite’ parece engraçado, mas o bar é um lugar muito social e democrático. E cerveja e rock, cerveja e música, têm muitas coisas em comum. Essa socialização, a catarse de brindar com os amigos. Tudo parece com o show”, comenta em entrevista ao Portal Revide.

Ele até lembra que o autor da receita da cerveja da banda é o baixista Tuca, que desde antes de integrar o grupo já nutria esse gosto de produzir as próprias bebidas, ainda nos anos 1990, muito antes de se tornar febre a produção artesanal. “Têm muitas outras por aí que gostamos muito. Diferente das grandes cervejarias, que cada uma quer matar a outra, nas cervejarias artesanais somos amigos. Visitamos outras cervejarias e recebemos cervejeiros como hóspedes especiais”, completa.

E todo esse papo de cerveja vai muito além de um vício, é um negócio e um dos pilares que sustentam a banda, autoproclamado "o maior grupo de rock and roll independente do Brasil”. Além dos quatro rótulos de cerveja, Velhas Virgens ainda administram um bar, uma grife de roupas e a venda de outros acessórios referentes à banda, e claro, os cd’s e dvd’s.

“Se você não tiver um modo de gerar receita, seja com produtos quanto com músicas digitais, fica sem condições de fazer qualquer coisa. Pensar em dinheiro para suas produções é tão importante quanto pensar nas composições e produções. Divisão do trabalho na banda é importante. Cada um fazendo sua parte a coisa anda”, formula Alexandre, que lembra, tudo isso não seria importante sem um show com muita qualidade.

“Outra coisa que devemos nos preocupar é com a qualidade do trabalho. Veja bem, não estou falando de gosto musical, mas qualidade. O show tem que ser bem feito, tem que haver um visual, tem que ter músicas espalhadas. O artista precisa levar e ter público senão alguma coisa está errada”, disse o guitarrista, que aponta que desde 1998, para sobreviver, o grupo montou a própria gravadora.

Tudo isso para manter a caminhada que já passou de 30 anos. A banda se prepara para uma nova turnê, com Paulão, ícone vocalista da banda, que havia anunciado a saída após o tour Garçons do Inferno, e só depois disso iria decidir os passos a serem tomados, como em qualquer empresa, mas com muito rock and roll.


Foto: divulgação/ Raony Correia

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