Confira dicas para ir bem na prova de escrevente do TJSP
Gabriel Henrique Pinto, especialista em preparação para concursos e professor, da 5 dicas de como ir bem no TJSP

Confira dicas para ir bem na prova de escrevente do TJSP

Concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo está com inscrições abertas para 845 vagas de escrevente técnico judiciário

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) publicou no dia 29 de julho, o edital do concurso público para o cargo de escrevente técnico judiciário. São previstas 845 vagas ao total, sendo 445 delas para as Regiões Administrativas Judiciárias (RAJs) do estado. O salário inicial do cargo é de R$ 4.981,71, mais auxílios para alimentação, saúde e transporte – valor referente a janeiro de 2021.

O concurso será dividido em duas etapas: prova objetiva, de caráter eliminatório, composta por 100 questões de múltipla escolha, prevista para acontecer no dia 31 de outubro; e a prova prática, de formatação e digitação, apenas para os candidatos habilitados e com melhor classificação, de acordo com as notas de corte de cada Circunscrição Judiciária, em data a ser definida. Após a homologação, o concurso terá validade de um ano, prorrogável pelo mesmo período a critério do TJSP.

Diante da grande concorrência por uma vaga, o especialista em preparação para concursos, professor e diretor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto – que já foi aprovado no cargo – dá dicas de como ir bem na prova e como se preparar.

Confira abaixo:

1. Conheça o edital do concurso

O edital é a chave para qualquer concurso público. Não seria diferente com o concurso do TJ-SP. É importante entender que além de determinar o formato da prova, o edital especifica quais assuntos serão exigidos. Compreenda que, por lei, não pode ser cobrado tema que não constava do edital, sob pena de anulação da questão. Portanto, o conteúdo descrito no edital pode ser usado como um guia de estudo. Se você já está dominando um assunto, risque no edital e se concentre nos outros.

2. Não dê preferência a nenhuma matéria

Normalmente as notas com que os candidatos são aprovados no concurso do TJ-SP costumam se aproximar de 80/100. Por este motivo a recomendação é estudar tudo o que se exige no edital sem privilegiar ou desprivilegiar nenhuma matéria.

A tendência natural é estudar mais aquela matéria que se conhece melhor, que normalmente é que a gente mais gosta. Procure controlar esse impulso desenvolvendo um método organizado de estudos que contemple todo o conteúdo.

A estrutura da prova do TJ, organizada em 3 blocos, cada um valendo 10 pontos, pode gerar a ilusão de que uma matéria (como português por exemplo, que costuma ter quase 30 questões) é mais importante que outra. Cuidado com esta lógica, você tem que ir bem em todos os blocos. Estude para gabaritar.

3. Simule!

Quando questionados sobre como se prepararam para o seu concurso, os primeiros colocados de qualquer certame sempre têm um ponto em comum: fizeram milhares de questões de provas anteriores. Sim. Milhares.

A ideia é muito simples: existem limitadas perguntas que se podem elaborar sobre um mesmo tema. Se eu responder (corretamente, é claro) a perguntas suficientes, vai chegar uma hora em que não haverá nenhuma pergunta que não tenha respondido, e, portanto, saberei as respostas para qualquer prova.

Para chegar a esse ponto basta todos os dias responder a algumas dezenas de perguntas sobre o tema que estudar. Assim você entende se aprendeu de verdade o tema estudado e já revisa o assunto.

Especificamente para a prova do TJ isso é muito importante para que se compreenda a forma com a qual a VUNESP, organizadora do concurso, costuma exigir o conteúdo. Por exemplo, ao fazer muitas questões nota-se que, em direito penal, nunca se exigem as penas de cada crime, que, portanto, não precisam ser memorizadas. Este conceito se aplica a todas as matérias.

4. Tenha vida fora do concurso

A preparação para concursos públicos pode deixar o candidato obcecado pelos estudos. A competição por quem estuda mais é visível nos corredores de qualquer curso preparatório. Dizer que passou todos os últimos finais de semana perdido entre livros, sem qualquer contato social pode ser visto como presságio de aprovação por quem tem menos experiência, mas, na verdade, após muitos anos acompanhando milhares de alunos do primeiro dia até a posse, posso garantir que é justamente o anúncio da reprovação. Sim. Acontece que o principal fator determinante de uma aprovação ou reprovação é o psicológico.

É claro que estudar muito é imprescindível, mas posso declarar sem medo de errar que o desequilíbrio emocional no dia da prova é o principal problema, e esse desequilíbrio é fruto de toda a pressão que se deposita na aprovação.

Não estou dizendo que não se deve estudar aos finais de semana (até porque há candidatos que só dispõem deste tempo para isso). O que quero dizer é: é importante ter vida para além da preparação para o concurso público. Tenha um dia, ou pelo menos alguns horários na semana para passar com quem você gosta, pensando em qualquer outra coisa que não seja a regra da crase ou a tabela verdade.

5. Tenha fontes confiáveis de informação

A informação hoje em dia é universal. Pode ser encontrada em qualquer lugar. Acontece que para se preparar para um concurso é muito importante que se tenha um professor que saiba o que está falando, e mais, que esteja atualizado em relação ao conteúdo. Matérias como informática, legislação e todas as áreas do Direito, por exemplo, (que compõem praticamente 50% do conteúdo da prova do TJ) exigem constante atualização pelos professores porque estão em constante mudança. O mesmo pode se dizer dos materiais didáticos, que se tornam obsoletos ano a ano (sebos são muito legais para comprar livros de ficção e discos de vinil). Tome cuidado para não estudar errado.

 


Foto: Divulgação TJSP

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